Com a inspiradora paisagem carioca como cenário, a Maratona do Rio ocupa a orla da cidade com um recorde histórico de inscritos em sua 15ª edição. Quando foi lançada, em 2003, a prova reuniu 3 000 pessoas; desta vez, serão mais de 33 000 corredores, de 47 países, que vão percorrer, no domingo (18), o trajeto entre a Praia do Pontal e o Parque do Flamengo. Com tal marca, a corrida assume o posto de a maior do Brasil, superando inclusive em 10% o número de participantes da tradicional São Silvestre, em São Paulo, em 2016. “É inacreditável ver que, quinze anos depois, multiplicamos por mais de dez o número de inscritos. Fico muito feliz e honrado por ter acreditado nisso”, afirma João Traven, idealizador e produtor da prova.
Composta de três modalidades — o percurso principal, de 42 quilômetros, a meia maratona e o circuito-família (6 quilômetros) —, a competição se tornou um grande evento, e em cada uma das largadas contará com muita diversão, como os shows de Alice Caymmi, Serjão Loroza e Davi Moraes. O gigantismo também se comprova pelo impacto na economia da cidade. Segundo cálculos dos organizadores, a prova trará uma receita estimada de 200 milhões de reais. Paralelamente acontece a Expo Run, uma feira com 25 empresas especializadas em suplementos alimentares e material esportivo, que ocupa o Centro de Convenções Sul América entre quinta (15) e sábado (17).
Animados para disputar a prova, mesmo distantes dos maratonistas profissionais, os atletas amadores se preparam com afinco. A aposentada Lindalva Figueiredo, de 71 anos, treina quatro vezes por semana na pista do Maracanã com a filha, Cláudia Figueiredo, de 43 anos. “Comecei a correr para controlar a pressão. Neste ano, cheguei a sofrer um princípio de AVC e, segundo o médico, só estou aqui porque pratico esporte”, conta Lindalva. Para quem procura motivos para começar a correr, eis um deles.