A museóloga Mariana Várzea foi a convidado desta sexta (24) do Projeto Cena Carioca, série de lives conduzidas pela jornalista e colunista de VEJA Rio Rita Fernandes no Instagram da publicação. Durante o encontro on-line, Mariana dividiu as perspectivas sobre reabertura dos museus cariocas e como a pandemia causada pelo novo coronavírus afetou o setor. Abaixo, confira trechos da conversa:
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Reação dos museus
“O setor tem se organizado muito nos últimos anos, não só nacionalmente. O impacto da pandemia nos museus no mundo todo é devastador. O conselho internacional fez uma pesquisa que informa: 20% dos museus no mundo não vão reabrir. Por outro lado, estamos compartilhando uma série de protocolos de uma forma que tem ajudado os museus a pensar em como eles vão enfrentar não só esse momento difícil, mas como vão reagir depois”.
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Presença digital
“Quem tinha organização, inteligência e planejamento conseguiu se destacar durante a pandemia. Aqueles já tinham parte do acervo digitalizado e programações inéditas on-line puderam explorar um novo nicho. Isso gerou uma oportunidade de distrair as pessoas em isolamento, trazer cultura e fornecer conteúdos para as escolas que adotaram o ensino a distância. Foi um grande desafio pensar fora da caixa, e a maioria dos museus brasileiros conseguiu oferecer muita coisa pela internet. Tende muito a crescer essa presença de acervo on-line”.
Futuro dos museus
“A pandemia serviu para que os musesu olhassem para dentro, numa espécie de autocrítica. Uma tendência que aparece é a de convocar o público para ser cocriador de arte. Isso pode ser muito bacana”.
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Reabertura
“Os museus vão ter que operar com “protocolos marés”. Uma metáfora que criei porque todo pescador consulta a tábua de marés para saber se ele pode sair para pescar. Museus vão precisar ficar fortalecidos no digital, preparados para funcionar de forma limitada, talvez de quinta a domingo. Mas é importante que os equipamentos culturais também estejam preparados para voltar a funcionar na sua plenitude, mas eu acho que isso só acontece mesmo quando houver a vacina”.