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Mariângela Souza está à frente da ONG Defensores dos Animais

A veterinária já participou de campanhas educativas, montou tenda na praia, distribuiu folhetos e teve encontros com políticos

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 2 Maio 2017, 12h28 - Publicado em 29 abr 2017, 10h00
SELMY YASSUDA
(Selmy Yassuda/Veja Rio)

Há 36 anos, Mariângela de Almeida e Souza trabalha pelo bem-estar dos bichos. A veterinária já participou de campanhas educativas, montou tenda na praia, distribuiu folhetos e teve encontros com políticos. A militância deu origem à ONG Defensores dos Animais, que, em 2006, ganhou uma sede própria, no Riachuelo. Um dos mais relevantes serviços oferecidos é o Centro de Esterilização e Educação, onde gatos e cães da população de baixa renda, principalmente das comunidades no entorno, recebem assistência. São oferecidas consultas, vacinas e cirurgias de castração — essas últimas representam 95% do trabalho prestado. De acordo com a veterinária, além de controlar a reprodução, o método é recomendado para a prevenção de infecção uterina. O espaço, atualmente, faz quinze atendimentos clínicos por dia e cerca de trinta cirurgias. “Praticamos valores bem abaixo do mercado, parcelando a perder de vista e sem juros. Os donos de animais que não podem pagar uma clínica particular são o nosso foco”, diz Mariângela, que conta com o auxílio de mais onze veterinários voluntários.

“É muito angustiante ver um cachorro magro, doente, vagando na rua. Além disso, essa é uma questão social, de saúde pública”

Todas as ações têm um único objetivo: ajudar a reduzir o número de cães e gatos abandonados pela cidade. O trabalho mais importante, no entanto, é feito no âmbito educativo. A ONG organiza palestras em praças, escolas e faculdades, e já ministrou até um curso para a Polícia Civil sobre temas como maus-tratos e legislação. “É muito angustiante ver um cachorro magro, doente, vagando na rua. Além disso, essa é uma questão social, de saúde pública e de meio ambiente”, alerta a veterinária. Ela reconhece que a situação melhorou bastante nas últimas três décadas. “Antigamente, o cachorro ficava no quintal, como um cão de guarda. Hoje, ele faz parte da família e até sai de férias com seus donos.” Apesar do avanço, Mariângela acredita que ainda há muito por fazer. “Devemos nos conscientizar de que precisamos cuidar dos animais. Como as crianças, eles são vulneráveis. Por isso, temos de protegê-los contra abusos e crueldades”, defende. Para ajudar a causa é só acessar o site da organização: defensoresdosanimais.wordpress.com.

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