A jornalista e colunista de VEJA Rio Rita Fernandes recebeu a cantora Mariene de Castro nesta segunda (20) no projeto Cena Carioca. A série de lives no Instagram da revista aborda o papel da arte no cotidiano modificado pela pandemia do novo coronavírus.
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Durante o bate-papo, a cantora baiana refletiu sobre seu processo criativo durante a quarentena e contou sobre a criação do álbum Acaso Casa. O disco, feito em parceria com o cantor Almério, foi indicado ao Grammy Latino deste ano. “É o resultado de um encontro muito bonito”, disse a cantora.
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Para saber um pouco mais, confira abaixo trechos da conversa:
Acaso Casa
“Quando eu vi Almério cantar pela primeira vez foi na casa de um amigo em comum. Fiquei tão chocada, tão emocionada! Pensei logo: ‘encontrei a minha outra metade artística’. Comecei a chorar e pedi para ele cantar a noite inteira. Estavam presentes Elba Ramalho, Alceu Valença e tão de repente começou aquela cantoria linda. No final da noite, o nosso show estava pronto.
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Quarentena
“Estou vivendo um dia de cada vez. É importante respeitar esse momento, respeitar esse resguardo que muitos chamam de isolamento, mas eu acho que é a natureza falando: ‘recolham-se’. E as pessoas ainda não entenderam isso. Encontrei novos jeitos de fazer shows: em casa. Esse vai ser o meu projeto até tudo isso passar. Eu não faço nada que meu coração não mande. Ele tem me mandado ficar quieta em casa. Estou aproveitando para fazer tudo que o corre-corre não me deixa ter tempo”.
Criatividade em casa
“Não dá para esperar que as escolas cumpram papéis que são dos pais. Durante a pandemia, estou tentando incentivar meus filhos criativamente. Cada um deles está preparando um livro. Eles que criaram as histórias, os temas, os enredos. Vou corrigindo a parte de gramática, mas o roteiro saiu da cabeça de cada um dos meus quatro rebentos”.
Sagrado
“Minha relação com a fé é a coisa mais sincera que existe em mim. Não busco fora, vem de dentro. Em nome de Exu, sou muito grata à minha ancestralidade, a meus orixás, meus caboclos e pretos velhos. Acredito que toda essa força que me rege vem muito antes da nossa chegada. Sou muito grata a cada gota d´água, pássaro, árvore… O candomblé me traz essa conexão com a natureza”.
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