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Marinha recua e retira grades da orla

Militares decidem retirar as grades instaladas na Orla Conde, em parte do que foi o Boulevard Olímpico

Por Agência Estado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 dez 2016, 15h27
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  • Depois da repercussão negativa, a Marinha decidiu retirar as grades que instalou na Orla Conde, no Boulevard Olímpico, no centro do Rio.

    O 1.º Distrito Naval havia acertado a cessão de uma área de 1.700 m² para uso público. Mas, nas últimas semanas, alegando ter sido concessão temporária, a cercou, inutilizando bancos e espreguiçadeiras que vinham sendo usados por turistas para contemplar a Baía de Guanabara. A decisão foi criticada pela prefeitura, que recém-urbanizou a área como principal legado olímpico.

    “Em entendimentos preliminares estabelecidos com o próximo prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi acordado que será feita a retirada do gradil que circunda a área prevista para a localização do estacionamento pertencente à Marinha”, informou a Marinha, por meio de nota. No entanto, comunicou que manterá a grade junto ao perímetro da orla para “proporcionar maior segurança, evitando acidentes”.

    A orla tem 3,5 quilômetros e foi criada pela prefeitura com a derrubada do elevado da Perimetral. A paisagem até então só era apreciada pelos servidores da Marinha, que está instalada ali há mais de 200 anos.

    O termo de concessão previa que a “servidão de passagem do trecho do passeio público que se estende desde a Praça Mauá à Praça 15, pela frente marítima” seria “em caráter irrevogável e irretratável”, e “por prazo indeterminado”. Mas, nesta semana, a Marinha argumentou que “o espaço em questão, de propriedade da Marinha do Brasil, foi cedido temporariamente à prefeitura” e “após o encerramento dos eventos, conforme acordo firmado, a área foi devolvida à Marinha”.

    Como contrapartida no termo, a prefeitura está construindo um novo restaurante para os servidores da Marinha e fez novos estacionamentos. O secretário especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Jorge Arraes, viu o cerco da Marinha como “uma surpresa”. “A prefeitura cumpriu todas as contrapartidas. No mês que vem vamos inaugurar o restaurante. É um absurdo fechar o trecho. Além disso, o projeto não previa empecilho entre a orla e o mar”, disse.

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