Maus-tratos e abandono de gatos aumentam no Aterro do Flamengo
Número de agressões se intensificou nos últimos meses, de acordo com voluntários que ajudam animais na região
Todos os dias, voluntários da liga Fla.Gato marcam presença no Aterro do Flamengo para alimentar e oferecer cuidados aos felinos que vivem na região – mas o cenário encontrado nem sempre é feliz. “Quase diariamente encontramos gatos machucados ou mortos”, relata Camille Cardoso. Segundo a voluntária, os casos de abandonos e agressões, que já eram frequentes na região, aumentaram exponencialmente nos últimos meses.
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O grupo acredita que o número de ocorrências começou a se agravar após o início das obras de revitalização no Parque. “Nada do que nos prometeram foi entregue, como o gatil para segurança dos gatos, o aumento da iluminação e da fiscalização por parte dos seguranças”, afirma Camille.
Gatos com diferentes tipos de machucados já foram encontrados: cortes pelo corpo, bocas machucadas, felinos com diarreia severa, entre outros casos. “Muitos animais que eram antigos na nossa colônia estão simplesmente sumindo. Na hora de irem embora, alguns voluntários se despedem de todos sem saber se os gatos estarão vivos no dia seguinte”, desabafa a voluntária.
Um dos casos recentes que mais abalou os participantes da grupo foi do gatinho Sachê, encontrado com sinais de espancamento. O ocorrido motivou a Fla.Gato a fazer uma campanha virtual para exigir melhorias na região.
“Precisamos que o parque seja fechado à noite. Precisamos de mais iluminação e de mais segurança, para que as pessoas entendam que não sairão impunes quando cometerem essas atrocidades”, ressalta Camille, que também alerta sobre a importância de incentivar a adoção dos animais desabrigados. Nas redes sociais, a liga compartilha as fotos dos animais que buscam um novo lar.
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A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (SMPDA) afirma, em nota, que “tem procurado envolver e agilizar a ação de todas as autoridades de Segurança Publica envolvidas”, entre elas, o Comando dos Batalhões de Policia Militar, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e a Guarda Municipal. A secretaria destaca que agressões a felinos têm acontecido também em outras regiões da cidade.
Segundo a pasta, no caso do Aterro do Flamengo, o patrulhamento noturno foi intensificado pelo 2º Batalhão de Polícia Militar, “já que o Aterro Presente atua até as 22 horas”.
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