Médico abusador recebe denúncia de mais cinco mulheres em 24 horas
Influencer digital contou que o radiologista disse que ela precisaria ser excitada sexualmente durante o exame
De acordo com as denúncias recebidas pela polícia, são muitas as vítimas do médico radiologista Martinho Gomes de Souza Neto, acusado de assédio e importunações sexuais durante exames em clínica particular de Copacabana. Cinco mulheres compareceram à 12ª DP (Copacabana), entre quinta (2) e sexta (3), denunciando Martinho por atos criminosos ocorridos em atendimentos. Uma delas contou ter sido importunada, na última quarta (1), mesmo dia em que a influencer digital Cris Silva, de 26 anos, foi vítima de crime de violência sexual durante um exame.
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Após a denúncia de Cris, o radiologista foi preso em flagrante. A influencer resolveu se expor, contando que sofreu abuso sexual na infância, e havia se prometido denunciar se algo semelhante voltasse a ocorrer. Martinho já estava sendo investigado em outro inquérito por importunação sexual caso que tramita na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no Centro.
“Estou muito emocionada porque descobriram que eu não fui a primeira pessoa que ele fez isso. A delegada falou que ele está preso e não tem fiança, porque eu não fui a primeira. Na infância eu sofri abuso e não tive forças para falar o que tinha acontecido comigo. Agora estou muito orgulhosa de mim”, disse Cris.
Morando nos Estados Unidos e de férias no Rio, ela foi à clínica para fazer uma mamografia, após comprar um pacote de exames, e disse ter sido convencida pelo suspeito a fazer um exame ginecológico, que estava programado outro dia. Durante o procedimento, o médico afirmou que ela precisaria se estimular sexualmente para a vizualização de um cisto. Em seguida, segurou seu braço e disse que faria o exame contra a vontade da vítima.
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“Alguém bateu na porta e aproveitei para correr para o banheiro onde vesti minha roupa”, disse ela, que foi em seguida para a delegacia. Martinho vai ser submetido a uma audiência de custódia, nesta sexta (3), quando um juiz vai decidir se ele continuará preso ou se responderá pelo crime em liberdade.