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MetrôRio terá que pagar R$ 5 mil a passageira assediada em vagão

A decisão é dos desembargadores da 2ª Câmara Cível. Concessionária vai recorrer e afirma que não pode ser responsabilizada por ações de terceiros

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 jul 2018, 15h50
Metrô Rio de Janeiro
Metrô do Rio de Janeiro: decreto determina que transportes circulem com 50% da capacidade (MetrôRio/Divulgação)
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O MetrôRio terá que indenizar em R$ 5 mil uma passageira assediada e ameaçada em um vagão lotado neste ano. A decisão é dos desembargadores da 2ª Câmara Cível do estado do Rio. Segundo a mulher, um homem se esfregou na moça “de forma ultrajante, desonrosa e imoral através de movimentos de cunho sexual” entre as estações Largo do Machado e Central.

Quando ela pediu que parasse, o agressor disse que a daria um tiro sem sofrer nenhuma consequência. Ao recorrer da decisão, a concessionária afirmou que não existem provas para comprovar o relato da acusação e que só possui a obrigação de explorar o serviço público de transporte ferroviário.

Em seu voto, o desembargador Paulo Sérgio Prestes dos Santos destacou a recorrência deste tipo de incidente.

“A superlotação da composição do metrô não é fato raro. Ao contrário, é um problema que ocorre diariamente e dá margem à prática de inúmeros lícitos praticados contra a liberdade individual das mulheres, em especial à prática de assédio sexual, como o ocorrido com a autora, de atos obscenos, de atos libidinosos, dentre outros”, disse o magistrado.

A passageira também ressaltou a criação dos vagões exclusivos para mulheres em horários de pico para coibir os abusos.

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De acordo com o desembargador a concessionária tem a responsabilidade de adotar medidas de segurança que impeçam a superlotação e condutas que constranjam as passageiras. “É obrigação zelar pela incolumidade dos passageiros, de modo a evitar qualquer acontecimento prejudicial à integridade física e psíquica de todos”, afirmou em seu voto.

O MetrôRio afirmou que repudia qualquer forma de abuso sexual e que mantém campanhas informativas e trabalho permanente de vigilância contra assédios nas dependências.

Segundo a concessionária, diariamente 450 agentes e 160 auxiliares de plataforma fazem rondas nas estações. A empresa orienta as vítimas e testemunhas a acionar o Corpo de Segurança Metroviário sempre que necessário e a usar os botões de segurança dentro dos trens quandofor preciso.

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