Milton Nascimento emociona a Sapucaí e Portela honra a sua tradição
Desfile de muitas cores acompanha a obra poética do compositor e fecha os desfiles de 2025 em alto nível

Emoção da Velha Guarda aos jovens da Azul e Branco foi o que se viu no desfile para Milton Nascimento, a primeira personalidade homenageada em vida pela Portela, escola que desfilou em todas as edições da história do Carnaval do Rio.
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“É uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida, esse presente que a Portela me deu. Nossa senhora, só lá dentro que vou perceber”, disse Milton, minutos antes do desfile que teve no aquecimento, entre sucessos portelenses de raiz, a música Maria Maria cantada em ritmo de samba enredo.

Todo de branco com sua famosa boina, de terno e gravata sentado no trono azul no alto do carro, tendo por trás um grande sol, Milton foi ovacionado em todos os setores de um desfile que apostou em muitas cores e ênfase em azul e dourado, nos altares e objetos da cultura popular. Uma procissão guiada pelas letras e universo de famosas canções do Bituca, como os muitos girassóis envolvendo um trem azul, e uma linda ala das baianas com as fotos de cada uma delas estampadas nos vestidos.
Vilma Nascimento, a maior porta-bandeira da história da Portela, baluarte com 80 anos de escola, afirmou: “A Portela foi feliz escolhendo esse enredo merecido. É um Carnaval para entrar para a história”. E a atriz Sheron Menezzes, destaque na escola da nova geração, afirmou: “É de uma emoção tão grande contar a história de alguém que eu cresci ouvindo. Então, agora, estar perto dele, estar desfilando com ele, celebrando ele em vida. Acho muito importante a gente celebrar os nossos em vida”.