Depois de décadas de “trabalho” e alguns anos de abandono, chegou a hora de o Moinho Fluminense, no Porto Maravilha, dar espaço ao lazer e à cultura. Centenários, seus prédios tiveram a construção autorizada pela Princesa Isabel, no século XIX, e funcionaram como fábrica de moagem de trigo – a primeira do Brasil – até 2013. Agora, suas estruturas e colunas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) serão transformadas em espaço multiuso, com direito a bares, restaurantes, exposição de artes e um espaço para eventos, além de escritórios.
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O primeiro prédio foi levantado por imigrantes italianos. Ele é unido ao outro por uma espécie de ponte fechada. O atual dono comprou o complexo de sete andares em 2019. Mas, devido à pandemia, a conclusão da primeira fase da revitalização está prevista para 2025. Uma das principais apostas para os arquitetos nessa primeira etapa é o espaço para eventos, shows e exibições. A previsão é que parte térrea dos prédios seja aberta à circulação, o que vai formar um corredor do Boulevard Olímpico até a Praça da Harmonia. Outras promessas são a construção de uma praça e de terraços para que turistas possam aproveitar a vista da Providência, dos bairros da Pequena África e da Baía de Guanabara.
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Segundo Gustavo Guerrante, presidente da CCPar, em entrevista ao RJ-Tv 1, o Moinho vai virar não só uma referência na cidade, mas também trazer gente do Brasil inteiro. “Esse é o antigo túnel de escoamento da produção e recebimento de insumos que ligava até o porto. Então, tinha um buraco que ligava ao mar direto nos navios. Hoje, está fechado, mas isso é uma do que a gente chama de reminiscências que a gente vai manter no projeto do Moinho”, explicou Carol Bertoldi, gerente de portfólio da empresa que comprou o Moinho Fluminense. A empresa anunciou que, em breve, vai ao ar um tour virtual com todas as informações do Moinho.