Uma das figuras mais influentes da história do esporte, o ex-atleta João Havelange morreu nesta terça (16) em decorrência de uma infecção respiratória. Aos 100 anos, ele estava internado desde 2 de julho no Hospital Samaritano.
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Presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) durante a fase mais vitoriosa do futebol brasileiro, ele também foi integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI) por mais de quatro décadas – renunciou em dezembro de 2011. Apesar de alegar problemas de saúde, estava mesmo sendo pressionado por uma investigação de corrupção.
O auge de seu poder, nio entanto, deu-se no período em que foi presidente da Fifa, entre 1974 e 1998. No cargo, mudou a entidade, estendendo seu alcance, ampliando e transformando a estrutura numa máquina de fazer dinheiro, reforçada por contratos publicitários e pela comercialização de direitos de transmissão de TV.
Sua gestão, que fez da Fifa um dos negócios mais rentáveis do mundo, o levou a ser apontado pelo COI como um dos três principais dirigentes esportivos do século XX, ao lado do barão Pierre de Coubertin, pai dos Jogos Olímpicos da era moderna, e do catalão Juan Antonio Samaranch, que comandou o comitê olímpico por vinte anos.
Nascido no Rio, Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange era filho de um belga enriqueceu com o comércio de revólveres. Aluno do Liceu Francês e da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense, formou-se advogado, mas desde cedo preferia os esportes às salas de aula. Praticante de natação, pólo aquático e futebol, jogou nas categorias de base do Fluminense e disputou Olimpíadas.