O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu aos governos do estado e prefeitura do Rio de Janeiro a preparação de um estudo técnico para adotar, ou não, medidas extremas para conter o aumento de contaminação da covid-19.
O pedido ocorreu após o MPRJ receber da Fiocruz um relatório em que a instituição pede medidas mais rígidas de isolamento social na cidade do Rio de Janeiro.
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“Com o objetivo de salvar vidas e com base em análises técnico-científicas, a Fiocruz considera urgente a adoção de medidas rígidas de distanciamento social e de ações de lockdown no estado do Rio de Janeiro, em particular na região metropolitana”, diz o ofício em que a Fiocruz encaminha ao MPRJ os estudos técnico-científicos que embasam o posicionamento da instituição.
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Além do ofício pedindo o estudo técnico aos dois governos, a Força-Tarefa de Atuação Integrada na Fiscalização das Ações Estaduais e Municipais de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério Público encaminhou também todo o estudo da Fiocruz. O MPRJ deu 24 horas para que os governos de Wilson Witzel e Marcelo Crivella se manifestem.
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O MPRJ alerta também para que qualquer aumento do isolamento social deve levar em conta não apenas diretrizes de saúde pública, vigilância epidemiológica e assistência social, como também a realidade do Rio de Janeiro.
Governos respondem
Por rede social, o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que desde 13 de março vem adotando medidas restritivas “próximas das recomendações do Ministério Público” e que vai “intensificar a fiscalização e adotar medidas mais duras”.
A prefeitura anunciou no final da tarde desta quarta-feira (06) que fará lockdown, a partir desta quinta-feira (7), em pontos de grande aglomeração em Campo Grande, na zona oeste da cidade, bairro que lidera os números de óbitos por coronavírus na cidade: 40.
Mais cedo, Crivella havia anunciado que pode determinar “lockdwn em outras áreas” da cidade.