O Ministério Público Federal (MPF) cobrou da Prefeitura do Rio modificações no Zoológico do Rio de Janeiro, de modo a atender exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Caso não atenda às recomendações, o parque pode ser fechado.
O MPF pede que a prefeitura apresente um cronograma para adequação da área chamada “setor extra”, dos centros de reprodução e das áreas “Viveirão” e “Corredor da Fauna”. Segundo o órgão, vistoria no dia 5 de fevereiro constatou que, atrás do “setor extra”, havia um depósito em que resíduos ficavam espalhados, atraindo urubus, moscas e causando mal cheiro.
Inquérito civil público do MPF apura o cumprimento da Instrução Normativa nº169/08 do Ibama. De acordo com a promotoria, desde agosto de 2014, o parque tem um projeto executivo de reforma orçado em R$ 8,5 milhões, mas os recursos ainda não foram disponibilizados.
Além da recomendação à prefeitura, o MPF cobrou da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) uma caçamba compactadora de lixo e uma unidade biogestora de lixo orgânico para a Fundação RioZoo implantar um sistema de coleta seletiva.
A Prefeitura, a Comlurb e a Fundação RioZoo têm prazo de 30 dias para se manifestar sobre as recomendações do MPF, que também instaurou procedimento para apurar se houve omissão do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade na inserção de animais ameaçados e nascidos em cativeiro em seu habitat natural.
A Prefeitura do Rio informou, em nota, que não foi comunicada oficialmente de nenhuma ação do Ministério Público Federal relacionada ao fechamento do Zoológico do Rio. Segundo a nota, tão logo seja informada do conteúdo da ação do MPF, a prefeitura vai analisar as exigências do órgão.