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Museu da Imagem e do Som comemora 50 anos

Aniversário é celebrado nesta quinta (3). Instituição anuncia que vai digitalizar todo o acervo

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 2 jun 2017, 12h28 - Publicado em 3 set 2015, 14h04
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  • Os brasileiros poderão, em um futuro próximo, ter acesso, por meio do processo de digitalização, ao precioso acervo visual e sonoro do Museu da Imagem e do Som (MIS), que completa 50 anos de existência nesta quinta (3). Em breve, o museu ocupará um novo e moderno prédio, que está sendo finalizado na Praia de Copacabana, onde o público poderá conhecer de perto o acervo do MIS.

    A cerimônia em comemoração ao meio século do museu, foi realizada na noite de quarta (2), na Sala Cecília Meireles, na Lapa, e reuniu diversos representantes da cultura brasileira.

    + Sediado em um prédio de 1922, na Praça XV, Museu da Imagem e do Som promove a última festa antes de ir para o edifício modernoso na praia

    Secretária estadual de Cultura, Eva Rosental destacou a abertura do MIS a todo o país, com a digitalização gradual do acervo na internet. “Ele estará disponível a todos de forma contemporânea. Vamos investir em alta tecnologia. Será um museu conectado com o futuro. Temos o projeto do MIS Digital, de uma envergadura enorme. Estamos inaugurando o MIS Copacabana no primeiro semestre de 2016 e já estamos trabalhando no desenho do MIS Digital. É uma coisa gigantesca poder acessar não só no Brasil, mas no mundo.”

    A criação do MIS foi obra do crítico musical e historiador da música popular brasileira Ricardo Cravo Albin. Segundo ele, o museu se irradiou e serviu de inspiração a outras entidades em diversos estados brasileiros. “Eu vejo um MIS renovado, aumentado e agregando muito mais coisas, inclusive o Museu Carmem Miranda. O [conceito do] MIS se espalhou pelo país. Estive em 17 estados participando da criação de novos museus.”

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    A atriz Fernanda Montenegro comemorou os novos tempos do MIS, destacando a importância do museu para preservação da área de teatro. “Está na hora da gente ter memórias. Na minha área [teatro], ninguém sabe quem é quem. Não deixamos nada além de fotos e o que falaram a seu respeito. Ninguém sabe quem é João Caetano, Dulcina [de Moraes], Procópio [Ferreira]. O ator existe enquanto está em cena e vive. Está na memória de quem o viu e está vivo.”

    O atual acervo do MIS é formado por 304 mil documentos em vários suportes, incluindo 60 mil discos, sendo 17 mil do acervo da Rádio Nacional, e 93 mil fotografias, entre elas as do fotógrafo Evandro Teixeira, que se notabilizou registrando imagens durante as ditaduras militar do Brasil e do Chile.

    Também fazem parte do acervo 1,1 mil depoimentos de diversas personalidades da cultura brasileira, entre artistas, cineastas, atores, músicos, escritores e jornalistas.

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