Pesquisadores do Museu Nacional descobrem duas espécies de dinossauro
Fósseis foram encontrados na província de Xinjiang, noroeste da China, numa parceria da instituição carioca com cientistas daquele país
A parceria iniciada em 2004 pelo Museu Nacional da UFRJ e pesquisadores do Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology rendeu mais frutos: duas novas espécies de dinossauros saurópodes foram descobertas no noroeste da China, mais especificamente da província autônoma de Xinjiang. Também participaram do estudo paleontólogos do Beijing Museum of Natural History e do Hami Museum, também chinês.
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A região é conhecida por ter rochas com aproximadamente 120 milhões de anos. Da primeira espécie, denominada Silutitan sinensis, foi localizada uma série de vértebras cervicais médias e posteriores articuladas, atribuída a um grupo conhecido por Euhelopodidae, exclusivo da Ásia.
O nome é uma combinação do termo “Silu”, que significa “Rota da Seda” em mandarim, e “titan”, em alusão aos titãs gregos, um termo normalmente usado em saurópodes devido ao seu tamanho.
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Já a a segunda espécie encontrada foi a Hamititan xinjiangensis. Os pesquisadores encontraram uma sequência de vértebras caudais anteriores articuladas que representam um grupo denominado de Titanosauridae, raro na Ásia e comum na América do Sul, inclusive no Brasil.
O nome remete à localidade, Hami, onde os fósseis foram encontrados, e novamente o termo “titan”. No mesmo sítio fossilífero, já haviam sido reportados um grande número de fósseis do pterossauro Hamipterus tianshanensis, incluindo ovos e embriões em excelente estágio de preservação.
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Os achados ajudam na compreensão das relações de parentesco entre várias espécies de saurópodes. “Essas novas espécies são particularmente importantes por serem de uma área onde grandes vertebrados, como dinossauros, não foram registrados até esse momento. E isso indica o grande potencial fossilífero desta formação para o estudo não somente de saurópodes, mas também do potencial para outros grupos de dinossauros”, explica Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.