Além do raríssimo manto tupinambá do século XVII, que será devolvido pela Dinamarca ao Brasil, o Museu Nacional anunciou novas relíquias que farão parte do seu acervo. As aquisições são resultado da campanha lançada pela instituição em 2020, dois anos após o incêndio que destruiu o lugar, em setembro de 2018.
Coleção de arte greco-romana, cerâmicas africanas de diversas origens e um tigre morto num safári por um caçador brasileiro, preservado com técnicas de taxidermia, são alguns dos 8.591 itens recebidos pelo museu, que serão usados em futuras exposições e pesquisas, conforme informou O Globo.
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Uma parte dessas preciosidades poderá ser vista em 6 de junho de 2024, quando o espaço completa 206 anos e a sala principal será parcialmente reaberta. Atualmente, ela exibe o meteorito Bendegó, o maior siderito já achado em solo brasileiro, e irá receber a ossada de uma cachalote (que é um cetáceo, mamífero da mesma família das baleias e maior animal com dentes no mundo hoje), atualmente em exibição na Cidade das Artes.
O diretor do Museu Nacional, Allexander Kelner, afirmou que a meta é reabrir tudo em 2028, com outra entrega parcial antes disso. Mas, para isso, a instituição precisa dos recursos prometidos pela União e pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Até 2028, a entidade vai precisar de 450 milhões de reais.
Parte do acervo também será exibida em um Centro de Visitantes em construção em outro terreno de São Cristóvão, na Zona Norte, ainda sem data para ser inaugurado.
Outras novidades são o corpo preservado da tubarão fêmea Margarida, que estava no AquaRio e morreu em 2021, e a réplica em 3D do fóssil de um peixe Celacanto, feita a partir de um exemplar original, do Museu de História Natural de Paris — o orginal do Museu Nacional foi destruído no incêndio.
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Mas nem todos os 8.591 novos itens serão exibidos: parte será incorporada à reserva técnica e alguns podem ser usados em pesquisas. Como muitos são da mesma épocas ou de espécimens semelhantes, atualmente 1.409 peças estão aptas à exposição.
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