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Na Olimpíada do Rio, atletas vão usar ônibus ecológico

Desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Coppe, da UFRJ, o veículo pode operar com três tipos de fontes de energia, com recarga de baterias com autonomia para 150 quilômetros

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h26 - Publicado em 9 mar 2016, 16h03
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  • Durante os Jogos Olimpícos de 2016, os atletas serão transportados pela cidade em um ônibus urbano elétrico híbrido a hidrogênio, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O veículo pode operar com três tipos de fontes de energia, com recarga de baterias com autonomia para 150 quilômetros.

    O ônibus é abastecido com cilindros de hidrogênio gasoso, instalados no teto. Na traseira, fica a pilha combustível, que converte o nitrogênio em eletricidade quando em contato com oxigênio do ar.  “Isso quer dizer que temos o domínio total dessa tecnologia. Ele é um produto que está pronto para ser comercializado”, contou o professor Paulo Emílio de Miranda, coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe. “Será uma boa vitrine [a Olimpíada]”, destacou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, que conheceu o ônibus.

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    Além desse projeto, o laboratório também desenvolveu um ônibus híbrido movido a etanol e, outro 100% elétrico. “O objetivo é que se torne um padrão de uso de ônibus escolar em ambiente urbano brasileiro”, acrescentou o professor.

    Trem de levitação

    Outro projeto desenvolvido pelo Coppe é o trem de levitação magnética. A composição tem 1,5 metro de comprimento e capacidade de transportar 30 passageiros. No teste de ontem, o trem fez trajeto de 200 metros, alcançando velocidade de 20 Km/hora. Mas pode chegar a 100 km/h em percursos mais longos. “Vemos neste veículo muito mais que um veículo para transporte. Vemos nele a possibilidade de arrastar uma série de desenvolvimento tecnológico, ímã, supercondutor veículo leve”, apontou o professor Richard Stephan, coordenador do projeto desenvolvido no Laboratório de Aplicações de Supercondutores do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe.

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    O trem de levitação tem custo menor em comparação a outros veículos. Pelos cálculos dos pesquisadores, corresponde a cerca de 1/3 do valor de implantação do metrô. A levitação ocorre com a interação de ímãs permanentes com supercondutores.

    A expectativa do professor Stephan é que o projeto Maglev-Cobra seja certificado no ano que vem e em 2020 entre em operação com uma linha de 5 quilômetros de distância, fazendo a ligação entre a Estação de BRT Aroldo Melodia ao Parque Tecnológico da UFRJ. “Este protótipo é sem ar- condicionado, que é grande vilão de consumo energético”, disse o professor.

    LabOceano

    Já no Laboratório de Pesquisas Oceânicas da Coppe (LabOceano), o ministro Pansera conheceu o tanque que faz simulações de condições de mar, com capacidade de armazenar 23 milhões de litros de água pura da Companhia de Companhia Estadual de Água e Esgotos (Cedae). “Existem necessidades de requerimentos técnicos no fundo do mar que apenas a pesquisa e os ensaios exaustivos podem resolver”, disse o professor José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ.

    Na avaliação do diretor, os projetos do trem de levitação e do ônibus ecológico podem ser usados em ambientes urbanos, mas reconheceu que é preciso engajamento do Poder Público e da iniciativa privada. “O Brasil hoje discute a crise energética e a produção de energias limpas e estes são exemplos daquilo que se pode tratar como energia limpa e solução para crise energética”, avaliou.

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