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Navio que protege baleias e outros animais marinhos chega ao Rio em março

Ocean Warrior - embarcação da Sea Shepherd, que luta para proteger a biodiversidade através de pesquisa científica - estará aberta à visitação na Marina

Por Da Redação
14 mar 2022, 14h48
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  • Pela primeira vez no Brasil, o Ocean Warrior, um dos dez navios da Sea Shepherd – organização internacional de defesa pela conservação marinha e com a maior frota privada de navios do mundo – ficará no Brasil por um mês e estará aberto a visitações no Rio de Janeiro em duas oportunidades: de 30 de março a 3 de abril e de 6 a 10 de abril, sempre na Marina da Glória.  Antes, ele fará escalas no Guarujá e na Ilhabela, em São Paulo. As inscrições já estão abertas no endereço eletrônico seashepherd.org.br/ocean-warrior-no-Brasil.

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    Será uma oportunidade para os cariocas conhecerem o trabalho desenvolvido através do navio, adquirido para focar na patrulha à pesca ilegal no Hemisfério Sul. Com 50 metros de comprimento e 9 metros de largura, a embarcação é registrada em Amsterdã (Holanda) e atua em alto mar com expedições junto a autoridades governamentais e intergovernamentais de diversos países. Entre as ações realizadas estão fiscalização de pesca ilegal; denúncia de pesca predatória; matança de baleias e golfinhos por bycatch, ou seja, capturados, de certa forma, acidentalmente durante a pesca, entre outras atividades de proteção aos oceanos. Ao longo dos anos, a Sea Shepherd tem a oportunidade de utilizar os intervalos entre missões para promover visitas a bordo, que já aconteceram em diversos países como Austrália, Reino Unido, Portugal, Estados Unidos e México.

    “A vinda do Ocean Warrior à costa brasileira demonstra o compromisso da Sea Shepherd com os voluntários, apoiadores e fãs da organização que crescem a cada dia no nosso país”, diz a diretora executiva da Sea Shepherd Brasil, Nathalie Gil. A Sea Shepherd é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1977 pelo capitão e ambientalista Paul Watson, para agir de maneira direta no combate a crimes ambientais nos oceanos e áreas costeiras. No Brasil desde 1999, a Sea Shepherd luta pela defesa, conservação e proteção da biodiversidade marinha através de pesquisa científica, planos de mitigação e recuperação de ecossistemas marinhos, educação ambiental e treinamento de práticas sustentáveis para multiplicadores.

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    Segundo a BR Marinas, administradora da Marina da Glória, no Rio, existe uma identificação da empresa com os princípios de sustentabilidade pelos quais a Sea Shepherd luta. Essa afinidade está presente em iniciativas como a limpeza periódica do lixo flutuante no entorno da Marina da Glória, a adoção de fontes renováveis de energia, o uso de água proveniente de processo de dessalinização na Marina Verolme (em Angra dos Reis) e o monitoramento ambiental marinho na Costa Verde fluminense.

    Quem visitar o Ocean Warrior conhecerá detalhes sobre o dia a dia dos voluntários a bordo de uma embarcação da Sea Shepherd e o que os motivou a estarem ali; a importância para a preservação do oceano e as experiências em alto mar; as atividades da Sea Shepherd junto às autoridades governamentais do mundo para o combate da pesca ilegal que não é reportada e/ou documentada, entre outros. Os voluntários brasileiros em terra recepcionarão os visitantes na doca e as visitas serão guiadas pela tripulação do Ocean Warrior (com tradução simultânea).

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    No comando da embarcação está a capitã Mar Casariego, uma espanhola de 29 anos. “Trabalho para uma indústria que, infelizmente, emprega somente entre 2% e 3% de mulheres, por isso é importante dar visibilidade à questão e garantir que dentro de alguns anos não seja mais novidade ter uma capitã ao comando de um navio”, declara. De acordo com Nathalie Gil, a Sea Shepherd é reconhecida por sempre buscar um equilíbrio de gênero a bordo. Independentemente da função, desde marinheiros, engenheiros a capitães. “Essa é uma ambição muito importante para a organização”, destaca.

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