Negado pedido de revogação de prisão de Cabral por pagamento de propina
Ex-governador é acusado de pagar 7,2 milhões de reais ao ex-procurador-geral da Justiça Claudio Lopes, em troca de informações privilegiadas
A juíza Alessandra Bilac Moreira Pinto, da 42ª Vara Criminal da Capital, manteve a prisão preventiva do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, acusado de pagar 7,2 milhões de reais em propina ao ex-procurador-geral da Justiça Claudio Lopes em troca de informações privilegiadas e de indevida ingerência em investigações no âmbito do Ministério Público. Cabral está preso desde novembro de 2016.
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Entre as alegações para pedir a revogação de prisão preventiva, os advogados de Sérgio Cabral argumentaram que a segunda instância da Justiça estadual era incompetente para processar o caso. Os advogados de Cabral também usaram a revogação da prisão do corréu Claudio Lopes, que seria o verdadeiro protagonista dos crimes atribuídos no processo, como argumento de defesa.
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A juíza, porém, manteve a prisão de Cabral por considerar que a liberdade de Claudio Lopes não interfere na condenação do ex-governador: “Por obvio, o estado de liberdade do corréu em nada influi na situação do requerente, o qual é apontado pelo Ministério Público como o articulador deste e de inúmeros esquemas criminosos que levou o Estado do Rio de Janeiro a situação calamitosa em que hoje se encontra. Desta forma e diante da inexistência de novos fatos que justifiquem a modificação das decisões anteriores, mantenho a prisão preventiva do acusado Sergio de Oliveira Cabral Santos Filhos”.