Trezentos agentes da Força Nacional e 270 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) serão deslocados para o Rio, a fim de patrulhar a Avenida Brasil e o entorno do Complexo de favelas da Maré. Foi o que anunciou nesta segunda (2) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que assinou a autorização para o envio do reforço. Com o apoio de 50 viaturas, eles vão atuar nos arredores da Maré, enquanto as polícias estaduais farão as incursões na comunidade. Além disso, o estado contará com 247 milhões de reais em recursos da União para o combate à violência, sendo 95 milhões de reais destinados à construção de dois presídios de segurança máxima, a pedido do governador do estado, Cláudio Castro. A expectativa é os resultados das mudanças no esquema de policiamento possam ser percebidas na semana que vem.
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Dino enfatizou que não se trata de intervenção federal, alegando que esse tipo de iniciativa “deu errado” no passado. Segundo ele, as forças federais vão atuar “em complemento” às estaduais, com objetivos como fortalecer a investigação criminal, as atividades de inteligência e o enfrentamento sistêmico das quadrilhas. No âmbito da atuação da PRF, foram anunciados 22 blindados, além de um veículo de resgate e um helicóptero, em apoio as agentes. O contingente vai se espalhar pela Avenida Brasil, onde na semana passada bandidos jogaram uma bomba dentro de um ônibus.
“A ideia é que a Maré seja o início, que isso se irradie para outras comunidades e que possamos prender lideranças e fazer asfixia financeira dessas organizações criminosas, seja milícia, facção A ou facção B. A questão do tempo não foi definida e nem tem prazo, será um diálogo permanente entre as forças estaduais e federais. O que nós imaginamos é que o processo de investigação se irradie para outras áreas”, disse Castro, após se encontrar com Dino, em Brasília.
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O governo não informou onde serão as novas unidades, mas em abril Castro disse ter o projeto de um presídio no Norte Fluminense. O destaque do projeto, que está em fase de elaboração, será um recurso que impede o uso de celulares pelos presos, que terão menos contato com os agentes.