As praias do Rio podem ser atingidas pelo vazamento de óleo provocado pela Chevron na Bacia de Campos em duas semanas. A informação foi dada pelo secretário de ambiente do estado, Carlos Minc. Segundo o secretário, dois terços do óleo derramado ainda não chegaram a superfície. Impregnado nas rochas, ele pode demorar ainda de três a quatro dias para aflorar. Entre as praias com maior risco estão as de Angra dos Reis e Búzios, mas o derramamento pode atingir também o Espírito Santo e São Paulo. A substância chegaria ao litoral em pelotas, chamadas por Minc de bolas de piche.
Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a mancha tem atualmente seis quilômetros de extensão. A ANP informou ainda que a Chevron mentiu e ocultou informações sobre o vazamento, que começou há 15 dias. Durante uma semana, vazaram em média 330 barris por dia. Como punição, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) aplicou multa de 50 milhões de reais e há possibilidade da multinacional ser proibida de operar no país. Depois de verões inesquecíveis, como o do topless, em 1980, e o do Píer de Ipanema, em 1972, a estação mais quente de 2012 pode ficar marcada pelas praias impregnadas de óleo.
Abaixo, assista a um vídeo feito no fundo do mar com imagens do vazamento
[—V—]