Um retrato sobre as mortes relacionadas a policiais militares no estado do Rio de Janeiro foi traçado pela ONG Justiça Global. A organização reúne os dados dos registros de autos de resistência no site Onde a Polícia Mata. Esta é a forma que são registrados normalmente as mortes durante operação das forças de segurança. Em um mapa interativo é possível localizar as áreas por incidência de casos. O retrato demonstra que o maior número de casos são registrados em áreas mais pobres.
Até julho de 2015, 410 pessoas foram mortas dessa forma pela PM; o número representa um aumento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2014. Isso sem contar que a variação entre o ano passado e 2013 já havia superado em 40% as ocorrências. São casos como o dos cinco jovens executados dentro de um carro em Costa Barros, no dia 28 de novembro, por policiais do 41º Batalhão (Irajá). A unidade inclusive é que tem o maior número de autos de resistência nos últimos três anos.
+ Anistia Internacional intensifica campanha contra violência policial
+ É “prioridade zero” ocupar Chapadão e Pedreira, diz Pezão
+ Acordo pode acelerar indenização às famílias dos jovens mortos por PMs
+ Polícia Militar exonera comandante do batalhão de Irajá depois de chacina
+ Beltrame diz que chacina é ‘indefensável’ e que PMs responderão pelo crime
O site reúne dados sobre a distribuição dos registros nos últimos cinco anos, seguindo informações disponibilizadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). O mapa disponível apresenta a distribuição de acordo com a soma dos registros neste período e o território aparece dividido de acordo com as áreas de atuação de um batalhão da Polícia Militar, chamadas de Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs).