O Terminal Rodoviário Coronel Américo Fontenelle, na Central do Brasil, um dos principais do Rio, que recebe ônibus que ligam a Baixada Fluminense ao centro da cidade, enfrenta nesta sexta (28) um movimento de passageiros reduzido por conta da mobilização contra as reformas trabalhista e da Previdência.
Segundo a Rio Ônibus, a frota funciona normalmente. No terminal, havia dezenas de veículos estacionados. Difícil de encontrar passageiros. A ambulante Karina Vasconcelos, por exemplo, contou que trabalha naquela região há anos e nunca havia visto o local tão vazio como hoje.
“Isso é raro. O movimento é sempre muito maior que esse. Pelo visto, os ônibus não aderiram ao movimento grevista, mas a população sim”. Sobre as motivações da greve, Karina disse concordar. “É necessário. Se essas reformas passarem os trabalhadores serão prejudicados”.
Um motorista de ônibus que não quis se identificar contou que, na primeira viagem do dia, já encontrou muita dificuldade nas estradas. “Muitos manifestantes, interdições de via, etc. O tráfego acabou ficando pesado. Eu, particularmente, concordo com os motivos da paralisação, mas não pode haver essa baderna. Isso só prejudica os trabalhadores”.
Ao lado do Terminal Américo Fontenelle está situada a Estação Central do Brasil, de trens. A concessionária SuperVia informou que a operação ocorre normalmente. A recepcionista Amanda Assunção, que viajou pelo ramal Belford Roxo, avaliou o fluxo do transporte.
“Foi normal. Tem trem passando nos intervalos de horário que já são os usuais. O que chama a atenção é a quantidade de pessoas. O trem costuma vir mais cheio do que eu vi hoje. Acabou sendo bom, pois a gente costuma vir muito apertado, em condições ruins e hoje estava bem tranquilo”, disse.