O Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública cumprem, nesta sexta (18), 25 mandados de prisão preventiva contra acusados de desviar dinheiro do Fundo de Saúde da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Fuspom). Entre os acusados, estão doze oficiais da PM, incluindo três coronéis. Também estão sendo cumpridos mandados contra doze empresários e uma ex-funcionária civil da PM.
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Segundo denúncias do Ministério Público, os policiais controlavam as licitações da PM para a compra de materiais e insumos de saúde. Eles recebiam propinas das empresas contratadas por licitações irregulares ou dispensa de licitação, em valores que chegavam a 10% do contrato.
Além disso, os produtos adquiridos nesses processos fraudulentos não eram entregues ou eram entregues em quantidade inferior à contratada. Em um dos casos, por exemplo, uma empresa foi contratada sem licitação específica para o fornecimento de 200 aparelhos de ar condicionado destinados aos hospitais Central da PM e da PM de Niterói, mas apenas 20 equipamentos foram entregues.
O MP acredita que o valor desviado tenha chegado a R$ 16 milhões. Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 40 mandados de busca e apreensão. Os acusados respondem pelos crimes de organização criminosa, dispensa de licitação, corrupção ativa, corrupção passiva e peculato. Os oficiais também vão responder, à Justiça Militar, por peculato e corrupção passiva.