Os grandes eventos do Rio nos últimos 25 anos

O sucesso da Olimpíada apenas confirmou a vocação da metrópole para receber grandes eventos, uma qualidade notável registrada nas páginas de VEJA RIO

Por Pedro Moraes
Atualizado em 5 dez 2016, 11h03 - Publicado em 24 set 2016, 01h00

**1/7** Líderes de 108 países, como George Bush e Fidel Castro, reuniram-se numa conferência de cúpula para discutir as propostas de desenvolvimento sustentável que deram origem à Agenda 21 *(Mônica Zaratini / Agência Estado)*

**2/7** Depois da tentativa em 2004 de se tornar sede olímpica, o Rio provou que era capaz de receber um grande número de competições esportivas. Para os Jogos Pan-Americanos foram construídas novas instalações, como o Engenhão e o Maria Lenk *(Marcelo Theobald/AG. O Globo)*

**3/7** Em busca de propostas para o uso consciente do ambiente, representantes de 190 países se reencontraram no Rio, vinte anos depois da Rio 92, em três dias de debates *(Rafael Moraes / AG O Globo)*

**4/7** Ao longo de seis dias, peregrinos de 175 países com suas mochilas coloridas participaram da programação especial para os jovens católicos. O auge do evento foi a missa no último dia com o papa Francisco, em Copacabana, com 3,7 milhões de fiéis *(Ivo Gonzalez/ AG. O Globo)*

**5/7** Sem o time brasileiro na final, os cariocas viram os argentinos perder nos pênaltis para os alemães no encerramento da segunda Copa no país. A cidade ainda recebeu outras seis partidas, o maior número entre as sedes *(Fabrice Coffrini /AFP)*

**6/7** Para receber o maior evento esportivo do planeta, a cidade promoveu uma gigantesca mudança urbanística. Apesar dos temores dos estrangeiros, os mais de 10 000 atletas participaram de uma festa emocionante *(Cameron Spencer/Getty Images)*

**7/7** s exemplos de superação dos paratletas e o apoio apaixonado do público carioca marcaram a edição dos Jogos encerrada no último dia 18 *(Atsushi Tomura/Getty Images)*

Encerrada a Rio 92, a Conferência Mundial de Meio Ambiente patrocinada pela Organização das Nações Unidas, em junho de 1992, uma crônica publicada na última página da edição 25 de VEJA RIO proclamava que a cidade estava pronta para disputar a candidatura à Olimpíada do ano 2000. O autor, o jornalista Sérgio Cabral — que na época se revezava no espaço com o escritor João Ubaldo Ribeiro —, elencou razões pelas quais receberíamos bem o evento e alertava que tínhamos instalações para isso. Os locais, além do Maracanã, eram os estádios Célio de Barros, demolido nas obras da Copa de 2014, e Júlio Delamare, que escapou por pouco de ter o mesmo fim, mas está desativado desde 2013. Foi necessário um quarto de século para que a profecia se tornasse realidade, o que não impediu que o Rio exercitasse com desenvoltura o papel de bom anfitrião. “Com a Olimpíada, provamos ser capazes de receber eventos de qualquer magnitude”, diz Flavio Machado, vice-presidente da empresa que realizou a abertura e o encerramento dos Jogos.

Responsável por promover uma verdadeira revolução urbanística, a Rio 2016 foi só o glacê confeitado que faltava em um bolo já recheado de conferências, comemorações e competições de escala internacional sediadas aqui em duas décadas e meia. Graças à geografia privilegiada e à efervescência cultural, até hoje capaz de influenciar todo o país, a cidade fez bonito nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e nas partidas mais estratégicas da Copa do Mundo de 2014 — entre elas a final —, que atraíram uma legião de estrangeiros. Multidão semelhante foi vista durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, o primeiro grande evento do papado de Francisco. Uma enorme missa campal levou à Praia de Copacabana 3,7 milhões de pessoas, em mais um capítulo memorável da história carioca. “As cidades, assim como as pessoas, têm vocações”, diz Sérgio Cabral, o autor do vaticínio de 25 anos atrás. “Aqui, buscamos motivos para fazer festa. O Rio sempre será assim”, decreta ele.