O prefeito Eduardo Paes segue pressionando o governo federal para que apresse o início das restrições de pousos e decolagens no Aeroporto Santos Dumont, a fim de levar mais voos para o terminal internacional do Galeão. Nesta segunda (7), ele rebateu o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, mais cedo havia informado que a alteração o Santos Dumont receba apenas voos de Brasília e de Congonhas precisa ser feita por meio de um projeto de lei. Para Paes, não “há a menor necessidade” disso. O prefeito do Rio voltou a cobrar agilidade no processo. “Como eu sei que quem manda no governo federal é o presidente da República, tenho certeza de que o ministro vai cumprir com a determinação dele”, alfinetou.
+ Em cruzada contra as distrações, prefeitura veta celulares em sala de aula
“Você faz uma nova lei, com urgência constitucional, protocola essa urgência, o presidente já concordou com isso, e enquanto isso vai preparando as companhias para elas irem devagar já adaptando, para que não tenhamos prejuízo das pessoas que compraram e adquiriram passagens”, havia dito o ministro, que prometeu: “Mas pro ano que vem nós vamos cumprir exatamente o que foi combinado entre o prefeito, o governador e o presidente da República”.”É possível sim definir com a portaria, as medidas estão sendo adotadas nesse momento conforme ordem dada pelo presidente da República”, devolveu Paes. Segundo ele, o Santos Dumont “não aguenta mais aquela quantidade de voos.”
A retomada Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, vem sendo debatida entre os governos federal, estadual e a prefeitura do Rio. O Galeão tem a maior pista comercial do país e capacidade para 37 milhões de passageiros por ano, mas vem funcionando com 20% da capacidade. Em 2022, recebeu menos de 6 milhões. Já o Santos Dumont, bem menor, teve mais de 10 milhões de passageiros no ano passado. Na semana passada, as companhias aéreas anunciaram que vão aumentar o número de pousos e decolagens no Galeão no segundo semestre, e a concessionária prevê alta de mais de 40% tanto nos voos nacionais (44%) como nos internacionais (41%).
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
No início do mês, o Tribunal de Contas da União dispensou o Governo Federal de relicitar o Galeão e autorizou um acordo para manter a atual concessionária, a Changi, de Singapura. No ano passado, a empresa chegou a dizer que queria abandonar o contrato por falta de passageiros.