Desde o desaparecimento de Édson Davi Silva de Almeida, de 6 anos, familiares têm lidado com a frustração causada pelos trotes e alarmes falsos sobre seu paradeiro. O menino foi visto pela última vez na quinta, dia 4, na altura do posto 4 da Praia da Barra, andando próximo à barraca dos seus pais.
+ Por menos letalidade, policiais do Bope passam a usar câmeras nas fardas
Um vídeo enviado à família neste sábado (6), em que um casal é visto com uma criança parecida com Édson Davi em uma lanchonete, deu esperança aos pais. No entanto, após a polícia pegar os registros das câmeras de segurança do local, a família não reconheceu o menino e a pista foi descartada.
“Hoje recebemos uma denúncia de um menino no Mc Donald’s que poderia ser o Edson Davi, mas infelizmente não era ele. Pedimos desculpas à família que foi exposta, não tivemos a intenção de prejudicá-lo”, escreveu a irmã mais velha do menino, Giovanna, em uma publicação no Instagram. Em sua conta, a jovem universitária também compartilhou vídeos da manifestação realizada na praia neste domingo (7) cobrando por respostas sobre a localização da criança.
Uma pessoa também chegou a enviar uma mensagem para o pai do menino, Édson dos Santos Almeida, pedindo uma alta recompensa para que ele fosse supostamente devolvido. “Estou com o Edson Davi sob meu comando aqui em São Paulo. Quero uma recompensa para [ele] ser devolvido. Nem vem com valor abaixo de R$ 1.500”, dizia o trote. Segundo o jornal O Globo, o pai do menino tem encaminhado as mensagens de trotes para que a polícia analise.
O caso de desaparecimento é investigado pela Delegacia de Descobertas de Paradeiros. Segundo a família, Édson Davi desapareceu por volta das 16h30, vestindo uma camisa de manga longa e shorts pretos. Quando foi visto pela última vez, ele estava brincando com dois meninos com idades por volta de 4 e 5 anos, acompanhados por um homem que aparenta ter mais de 40 anos e seria estrangeiro.
+ A cada dia, 258 pessoas foram resgatadas do mar na primeira semana do ano
Imagens coletadas pela polícia, no entanto, mostram as crianças e o homem retornando para o hotel sem Davi. Não foram encontradas imagens que mostrem o menino retornando ao calçadão.
Antes de brincar com a família, Édson foi visto mais cedo indo duas vezes até uma barraca próxima à do seu pai para pedir uma prancha de bodyboard emprestada. Mas o dono da barraca afirma que negou devido ao mar estar muito agitado.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Um funcionário do pai também disse à polícia que alertou Davi naquele dia para não brincar à beira d’água, e que ele tinha o costume de ir ao mar sozinho. O menino também teria sido alertado por um salva vidas para se afastar da água.
Na manhã desta segunda (8), o Corpo de Bombeiros seguiu com as buscas para encontrar Édson. Neste período, outro corpo de um adolescente foi resgatado na Praia da Barra, encontrado na altura do posto 8. Igor Manoel Paulo, de 16 anos, entrou no mar deste domingo (7) acompanhado por dois amigos.
Os outros jovens conseguiram sair da água, mas o adolescente desapareceu, na altura entre os postos 5 e 6. Segundo a família, ele nunca teria ido sozinho à praia antes. Um tio do jovem fez o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) nesta segunda (8).