Em visita ao Rio nesta quinta (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de anúncios de investimentos em mobilidade urbana na cidade. O pacote soma 2,6 bilhões de reais. Serão investidos 1,8 bilhão de reais para fomentar a recuperação do Sistema BRT no município e outros 820 milhões de reais para a construção do Anel Viário de Campo Grande, o bairro mais populoso do país, com mais de 400 mil habitantes. “Eu estou de volta para ajudar o estado do Rio de Janeiro e a cidade do Rio de Janeiro”, disse Lula, durante o evento. Os investimentos foram possíveis a partir de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de 1,2 bilhão de reais, e com a Caixa Econômica Federal, de 645 milhões de reais.
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“O senhor [Lula] está resolvendo o sofrimento do povo trabalhador e mais humilde desta cidade. A Zona Oeste representa mais da metade do território da cidade e dois quintos da população da cidade. No seu governo, conseguimos mudar a vida das pessoas”, devolveu o prefeito Eduardo Paes. Segundo ele, as obras na Transoeste serão concluídas em dezembro. A previsão é que o BRT opere plenamente com seus quatro corredores com 100% dos ônibus em 2024. Os recursos serão destinados à compra de cerca de 700 ônibus, para a requalificação do corredor Transoeste, e a construção de terminais e garagens públicas.
Na Transoeste, haverá obras de substituição do pavimento e recuperação da base do corredor. Além disso, quatro estações serão transformadas: Mato Alto, Pingo D’Água, Curral Falso e Santa Cruz. Uma será ampliada: Magarça. Outra obra prevista é a do Terminal Intermodal Gentileza, que vai integrar o BRT Transbrasil, 22 linhas de ônibus municipais e as linhas 1 e 2 do VLT, que será estendido por cerca de 700 metros até a área do antigo Gasômetro.
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Em Campo Grande, o anel viário vai compreender um mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo, um túnel de 600 metros sob o Morro Luiz Bom e rótulas na Rua Artur Rios e na Estrada da Caroba. As obras começaram ainda nesta quinta (10), com uma implosão no Morro Luiz Bom. As novas rotas vão permitir o escoamento de tráfego na região central, reduzir o tempo de deslocamento e facilitar a circulação. O projeto inclui dois quilômetros de ciclovia. Outra intervenção prevista para integrar o anel é a implantação da nova Floresta da Posse, uma área verde de 950 mil m², equivalente a mais de 130 campos de futebol. O projeto prevê o plantio de 240 mil árvores e recuperação dos mananciais, além de proteção da fauna e da flora nativas.