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Pedro Luís: “O Rio perdeu a gentileza, mas não a potência cultural”

Cantor e compositor, fundador do Monobloco, participou da live Cena Carioca, de VEJA Rio, e dividiu expectativas para o Carnaval pós-vacina

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 8 set 2020, 12h43 - Publicado em 7 set 2020, 20h36
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  • Pedro Luis
    Pedro Luís: músico se apresenta na versão on-line do Mimo Festival, neste fim de semana (Nana Moraes/Divulgação)

    O cantor, compositor e fundador do Monobloco Pedro Luís participou da live Cena Carioca, com a jornalista Rita Fernandes, no Instagram de VEJA Rio, na noite desta segunda (7), e disse que os integrantes do tradicional cortejo que desfila pelas ruas do Rio, Belo Horizonte e São Paulo estão ávidos para o Carnaval pós-vacina contra a Covid-19.

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    “Não importa quando vai ser, o principal é que a gente consiga organizar os dias de folia, porque é uma logística intensa colocar o Monobloco na avenida”, pontuou o músico.

    Confira, abaixo, trechos da conversa.

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    Carnaval Pós-coronavírus

    “O Carnaval da forma como conhecemos não vai acontecer. Estou quase de luto… Mas acredito que temos que organizar uma folia fora de época, depois da vacina e da imunidade de rebanho.  Uma coisa legal foi que a oficina do Monobloco, que acontecia presencialmente, no Rio, em São Paulo e em BH, agora é on-line e os músicos estão podendo se encontrar, ainda que virtualmente. Algumas dificuldades que os alunos tinham e que não apareciam na oficina presencial, em meio a tantos músicos, puderam ser sanadas com as aulas pela internet”

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    Rio de Janeiro e a gentileza

    “De modo geral, o Rio perdeu a gentileza. Eu saio na rua e tenho que me atentar com moto que invade a calçada, motoristas sem educação… Tenho preferido ficar na roça. Acredito que os artistas têm a missão de resgatar a auto-estima do Rio e dos cariocas. Sou otimista, é até bom perceber que pessoas fascistas estão ‘colocando a cara’, fica mais fácil identificar quem pensa diferente”

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    Cultura criminalizada

    “Vivemos numa época em que a cultura virou praticamente um crime. Os músicos do Monobloco, por exemplo, não vivem só disso. O bloco é apenas uma das frentes de trabalho. Todo mundo dá seus pulos, assim como eu. Músico não tem 13º salário, nem direito a férias… É um trabalho bem difícil”

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    Noite efervescente

    “A noite do Rio nunca parou, apesar de todos os problemas da cidade. Fiz durante dois anos a madrugada do CCBB, na rua, já fiz eventos na Praça Mauá que juntaram muita gente, num clima maravilhoso. A cidade perdeu muito, mas coisas lindas ainda acontecem na rua, a exemplo do Carnaval e blocos lindos como o Boitatá, Bangalafumenga e vários outros”

    Música e sensibilidade

    “Minha preocupação, como cantor e compositor, é tocar os botões de sensibilidade do público, em qualquer lugar que eu vá. Seja no Rio ou fora do Brasil”

    Produção na quarentena

    “Eu faço o que tem data para entregar. Não me obrigo a compor e produzir muito. Tive a experiência de lives com as cantoras Roberta Sá, Mart’nália, Elba Ramalho, Fernanda Abreu e Zélia Duncan, que foram sensacionais, mesmo à distância. Me diverti muito explorando sonoridades com artistas tão distintas”

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    Futuro

    “Não vejo a hora de cair na estrada com o show cantando músicas do Luiz Melodia. Eu ia lançar uma música inédita num show no Inhotim, em abril, mas não pude. Então, estou à espera da vacina para voltar aos palcos. Projeto é o que não falta”

     

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