A dedicatória no livro com o texto de Como Nossos Pais é para o seu pai, o maestro John Neschling. Qual é a importância dele na sua formação?
Acompanhei meu pai durante a infância pelo mundo todo. Assistia a ensaios, concertos, óperas que ele regia. Ficava junto até nas reuniões de planejamento. Muitas das minhas referências vêm daí. Quando escrevi essa peça, que fala da questão da paternidade, achei que seria justo dedicá-la a ele.
Como é acumular três funções na peça?
Nunca tive essa vontade, mas aconteceu e aceitei o desafio. É muito cansativo, delicado e especialmente difícil dirigir estando em cena. No fim, estou satisfeito com o resultado, mas o risco é imenso e, sinceramente, não pretendo repetir essa loucura.
Como é a relação com a Vitória Frate, sua mulher, que você está dirigindo?
Tenho um tremendo orgulho de vê-la cada vez mais completa em cena. Tentamos ao máximo separar as energias do trabalho e da casa durante os períodos de loucura profissional e acho que estamos sobrevivendo bem nesse sentido.