Um pedaço meio abandonado do centro da cidade, com ruas apertadas, sinalização precária e casario decadente, está para ser revitalizado, com promessa do fim das obras para dezembro. Trata-se da Travessa das Belas Artes, uma via de 150 metros, se tanto, na região da Praça Tiradentes, perto do Teatro João Caetano. Na foto acima, tirada na virada da década de 30 para a de 40 do século passado, lá estava a pequena rua, ainda com algumas casas e prédios que já não existem mais. A grande área central, sem edificações, “vazia”, tem hoje a mesma aparência, servindo agora a um estacionamento — ali um dia funcionou a Academia Imperial de Belas Artes, da qual sobrou apenas o portal de entrada, atualmente exposto no Jardim Botânico. No último dia 10, a Mongeral Aegon, uma das mais antigas empresas de seguros e previdência privada do país (está completando 180 anos e tem sua sede na travessa desde 1941), anunciou oficialmente seus planos para a área, que incluem a criação de um corredor exclusivo para pedestres e a recuperação da fachada e da parte interna dos edifícios mais importantes, como o que abrigava o Ministério da Fazenda quando o Rio era a capital da República. Inicialmente chamada Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado, a empresa foi fundada por Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, ministro do Império e amigo pessoal de dom Pedro II. Hoje ela conta com sessenta unidades país afora.