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Personagens de quadrinhos em miniatura voltam à moda

Influenciados por filmes, adultos rendem-se à mania de colecionar bonecos de super-heróis

Por Cibele Reschke
Atualizado em 5 dez 2016, 12h12 - Publicado em 16 Maio 2015, 01h00
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  • Darth Vader e todo o Conselho Jedi vão se reunir, em paz, no domingo (24), véspera do Dia do Orgulho Nerd, num evento que atrairá centenas de pessoas — adultas, res­sal­te-se — ao Shopping Boulevard, em Vila Isabel. A anfitriã, a Toys Collection World, é a primeira revendedora no Rio de bonecos de HQ. Aberto em 2012 num quiosque de 7 me­tros quadrados, o estabelecimento em um ano pulou para uma área dez vezes maior. “Os cariocas estão se interessando cada vez mais por essa cultura pop”, diz Alexandre Bonelli, 63 anos, dono da loja, que mantém no próprio apartamento, no Engenho Novo, outros milhares de itens. São bonequinhos que hoje se espalham por estantes nos 180 metros quadrados do imóvel. “Colecionar é uma doença boa. A gente gasta dinheiro por paixão”, diz Bonelli. Ele tem peças avaliadas em até 15  000 reais no seu acervo pessoal. Na loja, os produtos saem mais em conta: entre 100 e 6 800 reais.

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    A volta da moda das miniaturas deve muito aos recentes sucessos de bilheteria Os Vingadores, Homem de Ferro e Batman. Marcas globais, como Warner e Marvel, fazem uso da indústria cinematográfica para movimentar o segmento. “Essas superproduções inspiram fãs de todas as idades, desde adultos acima dos 40, que consumiam séries de TV na adolescência, até jovens amantes de blockbusters de super-heróis e crianças vidradas em animação”, afirma Marcos Medeiros de Mello, da Warner Bros no Brasil. Com 44 anos, o consultor de vendas Alexandre Mourão, de Ramos, é um dos fisgados: nos últimos cinco anos adquiriu 500 peças. “Quando criança, brincava com os bonecos. Agora os aprecio na prateleira”, conta.

    A força do mercado carioca estimula empreendedores do setor. “Depois de São Paulo, com cultura geek mais consolidada, o Rio é o nosso principal foco”, declara Marcelo Bassoli, da PiziiToys, a maior importadora de brinquedos colecionáveis do país. Não só grandes empresas já notaram o boom. Pequenos comerciantes também festejam. É o caso de Salvatore Berni, dono de duas bancas de jornal, uma no Centro e a outra na Tijuca. O movimento não vinha bem até que, no ano passado, ele deu uma guinada ao tornar os locais também pontos de venda e troca de miniaturas. Já amealhou 150 novos clientes e criou um grupo no WhatsApp, para o qual posta as novidades da banca. “Desde que descobri esse nicho, o lucro aumentou 35%. Todo dia aparece um cliente novo”, diz o jornaleiro. A brincadeira dos adultos parece estar só começando. 

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