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Pescadores tiram lixo flutuante de praias e mangue na Baía de Guanabara

Federação estadual da categoria já recolheu mais de 150 toneladas desses detritos desde fevereiro

Por Da Redação
30 jun 2022, 19h16
Responsável pelo projeto “Águas da Guanabara”, que tem como objetivo quantificar e qualificar os resíduos sólidos e os impactos que eles provocam na fauna e na flora, um grupo de 150 pescadores já retirou mais de 150 toneladas de lixo flutuante encontradas na praia e em manguezais da Baía de Guanabara. O trabalho começou em fevereiro, e atualmente vem sendo feito no canal de Magé, nos rios Suruí e Estrela, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, nos rios Imbuaçu, Pomba e Marimbado, entre outros. Grande parte do material retirado é descartada pelos próprios moradores dentro dos rios.
Lixo sólido: prejuízo para meio ambiente e para os pescadores (./Divulgação)
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Trabalhando pelo projeto “Águas da Guanabara”, que tem como objetivo quantificar e qualificar os resíduos sólidos e os impactos que eles provocam na fauna e na flora, um grupo de 150 pescadores reunido pela Federação Estadual dos Pescadores do Rio de Janeiro já retirou mais de 150 toneladas de lixo flutuante de praias e manguezais da Baía de Guanabara. O trabalho começou em fevereiro, e atualmente vem sendo feito no canal de Magé, nos rios Suruí e Estrela, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, nos rios Imbuaçu, Pomba e Marimbado, entre outros. Grande parte do material retirado foi descartada pelos próprios moradores dentro dos rios.

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Além de causar uma grande degradação do meio ambiente e dos recursos hídricos, afetando diretamente a atividade pesqueira, esse tipo de lixo prejudica também a flora e a fauna locais. O projeto surgiu para analisar as condições territoriais, ambientais e econômicas, dar um diagnóstico ambiental, mapear os pontos críticos e conscientizar a população sobre os riscos de se jogar lixo nas águas que chegam à baía.

“É importante frisar que o prejuízo com todo esse lixo reflete no meio ambiente, na vida dos pescadores que têm suas redes de pesca danificadas e também na vida da própria população. Com a limpeza, os peixes podem voltar ao habitat natural, e a vegetação se transforma sozinha”, explicou o presidente da federação, Luiz Carlos Furtado.

Além da retirada do lixo, existe uma grande preocupação com a questão social que envolve os pescadores. Neste sentido, a federação vem realizando ações que já beneficiaram mais de 140 profissionais da pesca, como exames de rotina, com objetivo de identificar possíveis problemas de saúde e encaminhar para um médico especializado (com apoio das prefeituras). Eles também têm recebido auxílio alimentação, remuneração pelo trabalho de coleta e auxílio no que diz respeito à documentação da embarcação.

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Todo o lixo retirado da costa é encaminhado para as prefeituras das cidades do entorno da baía, para que seja dada a devida destinação. De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores de Niterói/São Gonçalo Z8, Gilberto Alves, os pecadores já tinham o desejo de realizar esse trabalho desde 2010:  “Estamos fazendo nossa parte. Agora cabe à população não jogar lixo nos rios. Em apenas um mês, já temos um resultado muito significativo: a melhoria da qualidade de vida do pescador, do mangue, do solo, da água, fauna e flora”.

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