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Cariocas de classe alta estão doando mais na pandemia, aponta pesquisa

Estudo da ESPM também mostrou que moradores do Rio preferem ajudar pessoas conhecidas, com quantias em dinheiro

Por Marcela Capobianco
14 jul 2020, 15h00
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  • Uma pesquisa feita pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) sobre o comportamento solidário das pessoas durante a pandemia da Covid-19 apontou que os cariocas das classes mais altas passaram a fazer mais doações durante a quarentena.

    O estudo também mostrou que, de forma geral, as pessoas de todas as classes sociais mantiveram a disposição de ajudar, mas os mais pobres encontraram limitações financeiras para manter nível de solidariedade.

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    Mesmo antes da pandemia metade dos entrevistados realizava doações esporádicas aos longo do ano e 32% deles mantinham um compromisso mensal de ajudar pessoas ou instituições filantrópicas. Mais de 60% dos entrevistados revelaram ter aumentado o volume de doações após o início do isolamento social.

    As mudanças no cenário econômico, com aumento de desemprego e perda de renda, porém, alteraram os volumes doados por moradores do Rio de Janeiro de acordo com a classe social.

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    Segundo Karine Karam, pesquisadora da ESPM, pessoas com renda acima de 15 salários mínimos mensais passaram a doar mais após a pandemia. No outro espectro, pessoas com renda mensal de até três salários mínimos tiveram de reduzir os recursos doados.

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    Apenas 3% dos entrevistados disseram ter reduzido a ajuda prestada por falta de confiança nas instituições para as quais os recursos são destinados.

    Isso pode explicar, em parte, o fato de 62% dos entrevistados afirmarem que se sentem mais confortáveis em ajudar pessoas próximas ou conhecidas.

    Dinheiro, em espécie ou por meio de transações bancárias, é a forma preferida para 93% dos que disseram já ter realizado doações na pandemia. Roupas (53%), alimentos (43%) e cestas básicas (21%) também apareceram nas respostas.

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    O estudo da universidade foi feito pela internet, entre os dias 29 de junho e 5 de julho, com 200 moradores do Rio de Janeiro.

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