Ações simuladas em cenários de chuvas intensas, deslizamentos de encostas e inundações reúnem militares e civis em Petrópolis durante essa semana. A cidade da região serrana do Rio de Janeiro já foi cenário de desastres causados pela natureza e receberá o terceiro Exercício Conjunto de Apoio à Defesa Civil, que termina na próxima sexta (4). As edições anteriores ocorreram em Santa Catarina, em 2015, e no Espírito Santo, em 2016.
No maior desastre natural da história do Brasil, mais de 900 pessoas morreram na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011. Naquele ano, chuvas intensas caíram em poucas horas, causando estragos e mortes em cidades como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.
Agora, cerca de 150 pessoas vão participar das simulações, que contam com organização dos Ministérios da Defesa, da Integração e da Saúde. O exercício ocorrerá no 32º Batalhão de Infantaria do Exército e vai treinar decisões que seriam necessárias nesses cenários, sem a simulação do emprego de tropas no terreno.
As situações de crise serão criadas de forma virtual, segundo o capitão de mar e guerra Walter Marinho. Os agentes envolvidos vão tomar decisões que envolvem desde o resgate de vítimas até a distribuição de alimentos para os sobreviventes.
Como será
“O exercício prepara a atuação das Forças Armadas de forma integrada com outras agências para atuar em diversas ocasiões. Pode ser no resgate às vítimas, mas também pode ser no atendimento de saúde e desobstrução de vias. Vários cenários em que as Forças Armadas podem atuar em conjunto com órgãos da Defesa Civil, visando reduzir o sofrimento das pessoas”, explicou o oficial da Marinha.
Além do desastre natural mais comum na Região Serrana do Rio, o exercício vai simular também situações decorrentes de um acidente industrial/químico na Refinaria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Outro cenário incluso no exercício envolverá incêndios florestais, que também já ameaçaram ecossistemas e moradores na Região Serrana, onde fica o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Será a primeira vez que o combate a incêndios fará parte da atividade, o que atendeu a um pedido da Defesa Civil estadual, segundo o Exército.