O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse nesta quarta (9), em Brasília, que o estado irá cassar a liminar concedida pela justiça que impede a aplicação de uma alíquota extra de contribuição previdenciária, a ser paga por funcionários públicos estaduais.
Segundo ele, é importante que as medidas sejam discutidas por todos antes de qualquer decisão. O governador está reunido com o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, para tratar da crise econômica que atinge o Rio de Janeiro. Ao chegar ao ministério, ele deu entrevista.
“Temos certeza de que vamos cassar a liminar. Não dá para o estado arcar com a aposentadoria de todos os poderes sem receber nenhum recurso”, disse. Pezão destacou que a discussão do aumento da alíquota da previdência ocorre em todos os fundos quando existe algum desequilíbrio.
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Acrescentou que o estado tem 438 mil servidores ativos e inativos que consomem toda a arrecadação. “Não posso contratar hoje mais um PM [policial militar]”, disse.
O governador reclamou também que o servidor aposentado ganha igual ao que está na ativa. Para ele, não tem como o estado suportar 66% das aposentadorias de pessoas que param de trabalhar com menos de 50 anos de idade.
“Você imagina um coronel da PM ou dos Bombeiros se aposenta com R$ 23 mil. Essa conta não fecha. Sei que é um direito adquirido, mas é essa discussão que a gente quer fazer. Não tem recurso hoje no país para sustentar isso, se não aumentar o tempo de contribuição e o tempo de permanência das pessoas [no serviço público]”, disse. O governador reafirmou que não tem Plano B para a crise no estado do Rio.