Com a visibilidade que o skate ganhou em Tóquio, os jovens cariocas já sonham em se tornar, quem sabe, os próximos Kelvin Hoefler, Pedro Barros e a “Fadinha” Rayssa Leal, que garantiram medalhas de prata na estreia da modalidade como esporte olímpico.
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As pistas da Lagoa Rodrigo de Freitas são bastante procuradas para a prática do esporte no Rio e, frente à demanda por melhorias pelos praticantes, ganharam uma cara nova no último domingo (8).
Um mutirão da prefeitura em parceria com a Federação de Skate do Estado do Rio de Janeiro (Faserj) e a Associação de Skate do Rio realizou reparos estruturais nos pisos e nos corrimãos de proteção das pistas, localizadas na Avenida Borges de Medeiros.
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Na pista do tipo street, especialidade da maranhense Fadinha, novos obstáculos foram implementados e os bancos no entorno foram recuperados. Para deixar o piso mais resistente, foi usado granilite, material que torna a superfície mais lisa e com menor risco de arranhões em caso de queda.
As reformas foram realizadas após insistentes pedidos dos skatistas cariocas, que alertaram nas redes sociais sobre as rachaduras e a falta de conservação e iluminação no local e criaram uma petição on-line para chamar a atenção da prefeitura. Deu certo.
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“É com orgulho que entregamos ao Rio essas pistas de skate revitalizadas. Além de serem um espaço importante para o treinamento do esporte, agora modalidade olímpica, elas também podem ser usadas pela galera que só quer se divertir”, diz a secretária de conservação, Anna Laura Secco, presente na reabertura.
Com a criação da inédita Frente Ampla dos Skatistas do Rio, que reúne órgãos da prefeitura e diferentes coletivos da modalidade na cidade, novas obras já estão sendo estudadas para fortalecer a prática radical em solo carioca. Antes da revitalização da Lagoa, uma primeira ação também foi realizada na pista da Vila Olímpica do Encantado, Zona Norte.
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Para esta terça (10), estão previstas vistorias da Secretaria Municipal de Esportes e a Secretaria Municipal de Conservação nas pistas do Méier, Maracanã, Ilha do Governador, Estácio e Quinta da Boa Vista.
Segundo o vice-presidente da Faserj, Leonardo Silveira, o Chico, a conservação das pistas é essencial para garantir a segurança dos skatistas e atrair novos praticantes.
“As pistas precisam de manutenção preventiva, em vez de corretiva. É muito importante o apoio do governo e empresas que contribuam e vejam o potencial do skate, um dos esportes mais praticados no país e que pode ser uma ferramenta de transformação social”, afirma.
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Já o vice-presidente da Associação de Skate da Zona Norte, Júlio Tio Verde, lembra que, além das obras de reparo, algumas pistas pelo Rio, a exemplo da que fica no bairro do Méier, desativada no momento, precisam passar por grandes reestruturações.
“As pistas do Engenhão, Maracanã e Parque Madureira estão muito castigadas e merecem mais atenção do poder público. É importante que as reformas abarquem espaços por toda a cidade, para que surjam escolinhas e nasçam grandes talentos cariocas, novas Rayssas e novos Kelvins”, cobra.