A prefeitura apresentou nesta quarta (24) detalhes do Plano Verão, elaboradas por mais de 30 órgãos municipais, secretarias e subprefeituras para tentar evitar problemas provocados pelas chuvas comuns nesta estação do ano. O conjunto de 235 obras totaliza um investimento de 1,2 bilhão, em intervenções de risco hidrológicos e geológicos como contenção de encostas, dragagem de rios e limpeza de ralos. Do total, 112 ocorrem em bairros da Zona Oeste (49,15%), 81 na Zona Norte (35,04%), 31 na Zona Sul (14,95%) e 11 (0,85%) no Centro.
Algumas intervenções já foram concluídas, como a drenagem de rios em pontos considerados importantes. Outras estão sendo executados em 123 dos 267 cursos d’água da cidade, entre rios, riachos, canais e arroios. O investimento total em drenagem deve chegar a 32,4 milhões de reais, contra 11,6 milhões de reais em 2021.
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Entre as áreas que passaram por dragagem para prever transtornos causados pelas enchentes estão os rios Maracanã e Joana (Tijuca), Canal do Mangue (Centro) e os rios Grande e Covanca (Jacarepaguá). Segundo a Secretaria municipal de Infraestrutura, a estimativa é que sejam removidos 315 mil toneladas de sedimentos do fundo dos rios, índice que só foi registrado em 2014. Esse material seria suficiente para encher 315 piscinas olímpicas de detritos. O total acumulado até outubro chegava a 278,5 mil toneladas.
Um dos trechos críticos que sofreram intervenções este ano para eliminar pontos que normalmente enchem é o entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas. Lá, as obras de melhoria da drenagem na Avenida Borges de Medeiros na altura do Parque dos Patins começaram em agosto, primeiro no sentido Rebouças e agora as intervenções se encontram nas faixas em direção ao Leblon. A previsão de término do trabalho é dezembro.
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Mesmo com as intervenções, muitos pontos tradicionais de alagamento não foram eliminados. Em caso de chuva forte pode haver transtornos em pontos como as ruas do Catete e as da região da Lapa, cujas redes de drenagem são antigas. Nesses casos, a solução vai ser deslocar equipes de manutenção em caso de necessidade de desobstruir bueiros. Há ainda outras áreas cuja urbanização foi mais recente, mas ainda assim, os problemas existem. São os casos, por exemplo, dos mergulhões construídos há poucos anos na Barra da Tijuca.
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O Centro de Operações (COR) também deve repetir boa parte do plano de contingência adotado nos verões anteriores. Um deles diz respeito ao fechamento de vias em encostas no caso de chuvas fortes. Na Avenida Niemeyer, por exemplo, as interdições ocorrem se o índice acumulado chegar a 5 milímetros em uma hora. Há também protocolos para fechar outras vias em encostas como a Avenida Menezes Cortes e a auto-estrada Grajaú-Jacarepaguá.
A Comlurb aumentará o efetivo de garis e realizará um terceiro turno de limpeza nas praias, além de reforço nas campanhas de conscientização, entre outras ações, durante o verão.