A série de lives Os Planos da Retomada, que busca debater com executivos e empresários cariocas soluções e estratégias para reerguer o Rio diante da crise provocada pela pandemia do coronavírus, recebeu Leandro Pinto, presidente da empresa Mantiqueira, a maior produtora de ovos da América do Sul. Durante o bate-papo que rolou nesta terça (18) no Instagram de VEJA RIO, Leandro mostrou-se otimista com os rumos da economia. “Acredito que teremos uma recuperação mais rápida do que se espera”, disse. O empresário também contou ter enfrentado “uma guerra” com a chegada do vírus. “A batalha ainda não está vencida, mas estamos na frente”, afirmou.
Abaixo, confira alguns trechos da conversa:
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Mudanças na pandemia
“Tivemos inúmeros aprendizados. No primeiro momento ficamos muito assustados, claro, mas estávamos vendo o que estava acontecendo no mundo. A verdade é que nunca estamos preparados para algo desse tamanho, e nós vivemos uma montanha-russa no Brasil. Na empresa não tivemos nenhum óbito, mas houve vários casos. Durante a pandemia, explodiu a compra de ovos e foi uma loucura. Atender as pessoas, os supermercados: todo dia era uma guerra para fazer toda a logística. A batalha ainda não está vencida, mas estamos na frente”.
Home office
“Foi uma grata surpresa. Confesso que tinha um tabu quanto a isso. Pedia para trabalhar home office e eu já desconfiava se estava levando a sério o trabalho. Mas a verdade é que durante este período, entregaram mais do que se estivessem no escritório. Não voltamos ainda com todo o time, só parcialmente. O sucesso do home office foi além da minha expectativa. Precisou vir uma pandemia para eu ver que era possível”.
Clube do ovo
“Para criar um futuro para empresa é preciso entender como o cliente quer. Então criamos no ano passado um clube de assinatura para receber ovos em casa. Na pandemia isso cresceu bastante. Fomos para 4 mil assinantes. O mais bacana é que você tem uma relação mais próxima com quem compra. Funciona como negócio, mas também como uma pesquisa para entender a tendência do consumidor.”
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Ovo vegano
“Ele é feito da ervilha. Tem dois públicos específicos que os consome: aquele que é intolerante ao ovo – é pouco, mas tem – e também o pessoal vegano que não come nenhuma proteína vinda do animal. Com isso nós lançamos esse ovo vegano, e foi muito legal. Vamos investir nisso. Este modelo só substitui o ovo nas receitas. Vamos lançar um ovo que possa ser feito também como omelete, mexido. A ideia é lança ainda este ano”.
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Novo consumidor
“O consumidor vai voltar mais exigente. Ele não vai querer saber só da qualidade, mas como a empresa cuida do meio ambiente, cuida das pessoas, cuida do entorno dela. Daqui para frente temos que vender sempre uma história verdadeira”.
Pós–crise
“O Brasil caiu do cavalo, mas o Rio ainda levou um coice. Covardia o que fizeram com um lugar tão bonito. Ele é forte, mas está sofrido. Mas eu acredito que vamos ter uma recuperação rápida do que a gente espera. O que falta para o Brasil é mostra esperança para o seu povo”.
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