Um homem trafegava pela Pavuna, na zona norte do Rio de Janeiro, na garupa de uma moto, segurando um macaco hidráulico, quando se deparou com policiais militares em ronda de rotina, na tarde desta quinta (29).
Um sargento que estava na viatura confundiu o objeto com uma arma e atirou contra o rapaz. O tiro acertou os dois homens. O piloto perdeu o controle da moto, que bateu contra um muro. Os dois ocupantes morreram.
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Segundo depoimentos postados em redes sociais, os dois rapazes (identificados como Jorge Lucas Paes e Tiago Guimarães) trabalhavam como mototaxistas e tinham ido levar o macaco hidráulico, usado para erguer automóveis, a um amigo cujo carro havia apresentado um defeito mecânico.
A abordagem policial ocorreu na rua Doutor José Thomas. Segundo a Polícia Civil, o sargento admitiu ter confundido o objeto com uma arma, durante depoimento prestado na 39ª DP (Pavuna). O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios do Rio.
Após o episódio, houve protesto de moradores na Avenida Automóvel Clube. Cerca de dez pessoas com os rostos cobertos por camisetas interceptaram um ônibus da linha 372 (Pavuna-Passeio), ordenaram que passageiros e motorista descessem e atearam fogo ao veículo.
Policiais militares conseguiram apagar o fogo, mas o ônibus ficou bastante danificado. Até 22h desta quinta-feira, não havia detalhes sobre a abordagem da polícia aos motociclistas nem a identificação completa dos dois mortos.