A Corregedoria Interna da Polícia Militar do Rio de Janeiro instaurou um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar o envolvimento de policiais militares em um esquema de propinas pagas pelo traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy. O criminoso foi morto no último sábado (8), no morro da Pedreira, em Costa Barros, na zona norte da capital fluminense.
A corporação não informou quantos agentes são investigados. Uma investigação paralela do Ministério Público –apurada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado)– também corre em sigilo.
Em entrevista à revista “Veja” em fevereiro deste ano, Playboy afirmou que conseguiu escapar de uma prisão no fim de 2014 pagando R$ 648 mil aos policiais envolvidos. Teria entregue ainda dois fuzis AK-47 e correntes de ouro, em um total de 4,5 quilos, aos agentes.
Em outro momento, teria desembolsado R$ 400 mil para livrar outro traficante da prisão. Segundo a publicação, as propinas mensais para que Playboy permanecesse em paz na favela seriam de R$ 100 mil.
Playboy morreu durante operação conjunta da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal e do serviço de inteligência da Polícia Militar. Ele tinha 33 anos e era um dos criminosos mais procurados do país. Contra ele havia mandados de prisão cujas penas somavam mais de 15 anos.