Após afastar as direções de quatro escolas municipais por causa de apresentações de cunho sexual ao som do funk ‘Cavalo Tarado’ para os alunos, a Secretaria municipal de Educação (SME) também tirou do posto a responsável pela Creche Municipal Luiza Barros de Sá Freire, em Costa Barros. Em vídeos postados por ela mesma nas redes sociais, crianças de cerca de 3 anos aparecem dançando ao som de proibidões como “Ensaio das Maravilhas”, cuja letra tem trechos como “toma rajadão”, numa referência a disparos de fuzis, e “vai, bate com a bunda no calcanhar”. Segundo o jornal Diário do Rio, a diretora Fernanda Alvarenga chegou a postar imagens das crianças dançando outros dois funks também de teor sexual – como “Tava querendo rever teu pacotão”, “Tá ok, tu é (sic) gostosa então joga tudão“ e “Vem que vem, outra vez, sentar pro chefão” -, mas apagou seus perfis nas redes sociais após a polêmica.
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Em nota, a SME informou que o secretário Renan Ferreirinha determinou o afastamento da diretora – a quinta em dois dias – e que “não tolera o uso de qualquer música ou apresentação com conotação sexual para crianças em creches e escolas municipais do Rio. Uma sindicância foi aberta para apurar o caso. “A secretaria seguirá conduzindo com o rigor necessário e não tolerará que nossas crianças sejam expostas a conteúdos impróprios de forma alguma”, diz a nota.
Na noite desta terça (29), os diretores dos Cieps Luiz Carlos Prestes e Gustavo Capanema, assim como os das escolas municipais Marechal Estevão Leite de Carvalho e Rivadavia Correia, onde se apresentaram integrantes da companhia Suave, foram afastados. O grupo fez exibições ao som da música “Olha os cavalo (sic) no cio”, em que uma mulher com máscara de cavalo cobrindo o rosto “galopa” em um homem, exibindo-se para crianças e adolescentes. A Secretaria municipal de Cultura afirmou em nota, nesta quarta (30), que toma “todas as medidas cabíveis” para reaver os R$ 50 mil pagos à companhia. Os diretores ficarão afastados durante a sindicância que apura o caso. A investigação é para apurar a razão do espetáculo, anunciado como de classificação livre, ter levado conteúdo que foi considerado inadequado pela pasta para os alunos.