Nem só de fogos e shows é feito o Réveillon de Copacabana. A Polícia Militar vai incrementar a vigilância da festa com uso de detetores de metal para coibir a entrada de armas de fogo e de objetos cortantes, como facas e canivetes, a fim de evitar que arrastões como os que aconteceram na virada de ano passado, quando quatro pessoas foram esfaqueadas em assaltos na areia. O evento deste ano também contará com trinta torres de observação ao longo da faixa de areia. Com 1,20 metro de altura e dez metros quadrados de área interna, elas serão equipadas com canhões de luz para monitorar um trecho de aproximadamente quatro quilômetros de extensão, entre o Forte de Copacabana e a Avenida Princesa Isabel, no Leme. Quinze delas serão posicionadas no calçadão da orla e a outra metade ficará na faixa de areia, perto do mar.
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Para dificultar a ação dos bandidos, serão cinco instaladas tendas de policiamento em pontos estratégicos da faixa de areia, onde até dez PMs ficarão trabalhando no patrulhamento. Também está prevista a utilização de quadriciclos para possibilitar que os agentes se desloquem mais rapidamente em caso de necessidade. Outra novidade estará nas ruas que dão aos pedestres acesso à orla do bairro. Elas ganharão barreiras com grades móveis. A intenção da PM é criar uma espécie de cinturão de monitoramento no perímetro. O número de policiais convocados para patrulhar Copacabana no réveillon ainda não foi definido, mas o efetivo vai ultrapassar o da passagem de 2021 para 2022, quando 2.482 PMs trabalharam na região.
O esquema de segurança em Copacabana entre os dias 31 de dezembro de 2022 e 1º de janeiro de 2023 contará ainda com o apoio de imagens geradas por drones e helicópteros do Grupamento Aeromóvel da PM (GAM). Os registros serão recebidos simultaneamente por um carro-comando, que ficará em um ponto da orla, pela sala de operações do 19º BPM (Copacabana) e pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), da Secretaria de Polícia Militar, na Cidade Nova. Assim, caso seja necessário, a decisão para deslocar uma equipe poderá ser tomada mais rapidamente.
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Serão 29 pontos de bloqueio, em ruas paralelas que dão acesso à Avenida Atlântica, sendo 13 de interdição de trânsito e 16 locais de revista, com grades de proteção. Em cada um desses locais de revista, 15 policiais estarão atuando com detetores de metal. O policiamento do Réveillon em Copacabana servirá como teste para o projeto experimental de georreferenciamento das equipes, já em andamento no 19º BPM e em outras três unidades. O projeto permite que os centros de operações da corporação monitorem, em tempo real, a localização dos policiais por meio de um GPS acoplado às câmeras portáteis usadas no uniforme.