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Polícia faz operação contra fraudes na compra de vale-refeição

A Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Rio estima que um dos grupos movimentou R$ 12,5 milhões em dois meses

Por Redação Veja Rio
4 out 2017, 13h12
Polícia Civil
Operação: foi cumprido nesta terça (8) nove mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de integrar o grupo criminoso (Facebook Polícia Civil/Reprodução)
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Policiais civis cumprem nesta quarta (4) 46 mandados de busca e apreensão contra grupos suspeitos de lavar dinheiro por meio da compra de vales-refeição, alimentação e transporte de trabalhadores, no Rio de Janeiro. A Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Rio estima que um dos grupos movimentou R$ 12,5 milhões em dois meses.

Os suspeitos utilizavam laranjas e empresas-fantasma e de fachada para movimentar quantias recebidas com a compra de tíquetes em escritórios do Grande Rio.

No caso dos vales-alimentação e refeição, a polícia diz que os investigados, chamados de “tiqueteiros”, abrem empresas de fachada do ramo alimentício para conseguir, com as operadoras de cartão, máquinas que aceitem vale alimentação e refeição. Os equipamentos são enviados para escritórios que comercializam ouro, onde é feita a compra dos benefícios dos trabalhadores.

Por cada transação, é cobrada do trabalhador uma taxa que varia de 15% a 18%. Parte da quantia fica com o escritório e a outra parte com os responsáveis pelas empresas fantasma e de fachada, que transferem os valores para empresas legais, pessoas físicas e até instituições religiosas.

No caso dos vales-transporte, os trabalhadores deixam nos escritórios seus cartões, que são recolhidos por atravessadores, que os levam até empresas de ônibus e vans coniventes com o esquema, onde os créditos são descarregados. A taxa cobrada do trabalhador na transação chega a 50%. Desses, parte fica com a viação, uma com o dono do escritório e outra com o atravessador.

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O bilhete é devolvido ao trabalhador dias depois. Em alguns escritórios, o tempo para devolução do vale transporte chega a 30 dias úteis.

Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, estão sendo cumpridos em endereços comerciais e residenciais nos bairros de Copacabana, Botafogo, Largo do Machado, Centro, Jacarepaguá, Campo Grande e Bangu, na capital, e ainda nas cidades de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense, e em Londrina, no Paraná.

Os suspeitos estão sendo levados para a Cidade da Polícia, onde vão prestar depoimento. Noventa pessoas são investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade ideológica e crime contra a economia popular.

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