Mais um golpe na praça: a Polícia Civil investiga pelo menos 60 motoristas de táxi suspeitos de fraude na cobrança do valor de corridas nas ruas do Rio. A trapaça é feita através de máquinas de cartão de crédito e débito. A denúncia foi exibida no RJ-TV, da Rede Globo. Uma das vítimas é a professora aposentada Maria Cristina Adaldino, que é deficiente visual e está acostumada a digitar nas maquininhas, que têm teclas com números também identificados em braile. Ela pegou um táxi para casa após um compromisso e teclou o valor da corrida para efetuar o pagamento no cartão de crédito: 29 reais. Mas, quando chegou a fatura, constatou que o valor cobrado havia sido de 2,9 mil reais.
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Registrada a denúncia, policiais da 9ª DP (Catete) investigaram e conseguiram identificar o motorista. Em depoimento, ele disse aos agentes que se enganou ao bater o valor da corrida. Ainda assim, o homem foi indiciado por estelionato, com pena de 4 a 8 anos de prisão. O taxista foi até a delegacia e decidiu devolver o valor para a professora.
Também Fabio Marcelino de Oliveira contou ter caído no golpe ao pegar um táxi. Ao chegar em casa, notou que o valor da corrida – que seria de 32,42 reais – foi cobrado em seu cartão como sendo 3.242 reais. “E não foi aproximação, eu digitei a senha e inseri o cartão”, afirmou Fábio que, apesar de ter ido à delegacia, ainda não conseguiu rever o dinheiro.
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A Empresa Municipal de Informática do Rio (Iplanrio), responsável pelo aplicativo Táxi Rio, informou que as reclamações recebidas vão para análise e investigação. Segundo a empresa, os casos mais graves são submetidos ao comitê de gestão para as devidas sanções e, se necessário, é aberto um processo administrativo e enviado para a Secretaria Municipal de Transporte. Segundo a empresa, em todas as situações, o taxista é notificado imediatamente ou bloqueado temporariamente. Desde o lançamento do aplicativo, em 2017, foram suspensos preventivamente 1.880 taxistas, com 717 bloqueios definitivos na plataforma.