O fim da Polonesa: tradicional restaurante de Copacabana fechará as portas
Inaugurada por Piotr Pastusiak, que trabalhou na embaixada polonesa, casa é famosa por ícones como suflê de chocolate e serviu Lech Wałęsa e João Paulo II
Servindo há 73 anos iguarias como o suflê de chocolate (ou suflet czekoladowy), que se tornaram referências para os cariocas, o restaurante A Polonesa, em Copacabana, vai fechar as portas. Segundo Paulo Pastusiak, filho do fundador da casa, o polonês Piotr Pastusiak, a decisão é irreversível: “Chegou a um ponto que não dá mais. Até o cozinheiro já foi embora. Estamos trabalhando com o assistente dele, só até domingo”.
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Inaugurada em fevereiro de 1948 por Piotr, que trabalhou na embaixada polonesa no Rio de Janeiro como cozinheiro, A Polonesa passou a ter a cozinha comandada por sua mulher, Josefa Pastusiak, após seu falecimento. Desde então, a direção ficou a cargo do filho do casal, Paulo. Por suas mesas passaram clientes ilustres, como Lech Wałęsa, um dos fundadores do sindicato Solidarność (Solidariedade) e ex-presidente da Polônia. Numa das vezes em que visitou o Rio, o papa polonês Karol Józef Wojtyła, ou João Paulo II, degustou a famosa sopa de beterraba (barszcz) e a torta de maçã (tort jablecznik) do restaurante, que já ganhou vários prêmios de gastronomia.
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A Polonesa é mais um restaurante do Rio que não resistiu aos efeitos da pandemia. A casa passou meses funcionando em esquema de delivery.