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Poluição na Baía de Guanabara aumentou 75% desde a Rio2016

"Não é acidente, somos vítimas de terrorismo ambiental de estado", diz o biólogo Mario Moscatelli

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 18 set 2020, 15h06 - Publicado em 18 set 2020, 06h00
Estação Alegria: apenas metade dos equipamentos está funcionando (Mario Moscatelli/Arquivo pessoal)
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Medições do Instituto Estadual do Ambiente dão os números da tragédia: segundo registros do fim de 2019, mas anunciados recentemente, a água de qualidade ruim ou péssima na Baía de Guanabara aumentou 75% desde a Rio 2016.

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Neste 2020 pandêmico, convenhamos, não há sinal de que a despoluição, promessa de legado olímpico, tenha avançado. “Os dados não me espantam, só reforçam o meu desalento”, afirma o biólogo Mario Moscatelli, que desde 1997 sobrevoa a região metropolitana do Rio nas ações de monitoramento ambiental do projeto Olho Verde.

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“Entre 1994 e 2012, foi investido, por baixo, 1,8 bilhão de dólares. Dinheiro não faltou, mas a gestão criminosa desses recursos resultou em obras como a da Estação de Tratamento de Alegria, com apenas 50% de seus equipamentos funcionando”, diz. “Não é acidente, somos vítimas de terrorismo ambiental de estado. E parte da sociedade incorporou a degradação como parte da paisagem.”

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