Pontos turísticos usam a tecnologia para conquistar novos públicos

Pesquisas realizadas pelo Grupo Cataratas, que administra as duas atrações, enfatizam que o visitante almeja unir a experiência presencial à digital

Por Marcela Capobianco
20 dez 2024, 06h21
Novidade no Pão de Açúcar: o Projeto Maravilha, idealizado por Fabio Szwarcwald com obras de Carlos Vergara (à dir.), conta com QR codes que revelam o processo criativo do artista
Novidade no Pão de Açúcar: o Projeto Maravilha, idealizado por Fabio Szwarcwald com obras de Carlos Vergara (à dir.), conta com QR codes que revelam o processo criativo do artista (Rafael Duarte; Jaime Acioli/Divulgação)
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Cariocas e turistas podem assistir agora ao sol nascer sob uma nova perspectiva, a 396 metros de altura, no alto do Pão de Açúcar. Embalada por saxofone, a experiência inclui café da manhã, por 550 reais. Depois de flagrar cenários de tirar o fôlego e clicá-los, o Parque Bondinho convida os visitantes a explorar o Bosque das Artes, inaugurado no fim de outubro.

Repousam por lá três esculturas de grandes proporções, criadas pelo gaúcho Carlos Vergara, sendo uma delas alusiva à idade do cartão-postal: 600 milhões de anos. As peças, produzidas em aço corten, dispõem de QR codes que conduzem a vídeos nos quais o artista explica seu original processo criativo. “Até então, o público passava pouco tempo no Pão de Açúcar, concentrando a ida ao Morro da Urca. A arte dá novo significado ao espaço, que agora vai muito além de um ponto turístico, e divulga a produção brasileira para milhares de estrangeiros”, celebra Fabio Szwarcwald, idealizador do Projeto Maravilha, cuja ideia é contar, a cada ano, com um artista brasileiro em exibição.

Não é o único na cidade a recorrer a inovações propiciadas pela tecnologia para despertar o interesse de mais gente — o BioParque e o AquaRio são outros que incorporam a ideia para manter a relevância, num movimento que ecoa mundo afora.

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Pesquisas realizadas pelo Grupo Cataratas, que administra as duas atrações, enfatizam que o visitante almeja unir a experiência presencial à digital. Para dar um exemplo, no BioParque uma startup do Amazonas desenvolveu o jogo virtual Natureza Viva, ao estilo Pokémon GO, em que os usuários baixam um app no próprio celular e, ao mirar o aparelho para certas placas e cartazes pelo percurso, mergulham na realidade aumentada e concluem suas missões.

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O jogo está em fase de testes e deve ser lançado no início de 2025. “Nossa equipe faz diagnósticos constantes das oportunidades que se abrem e vai em busca de parceiros para melhorar a experiência dos clientes. É fundamental acompanhar, ao mesmo tempo, os avanços tecnológicos e as mudanças de comportamento”, explica Ana Barbara Guaranha, head de inovação do Grupo Cataratas, que também tem parcerias seladas com os parques tecnológicos da UFRJ e da UFF.

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Segundo dados da Embratur, mais de 800 000 turistas de variados países visitaram o Rio nos primeiros sete meses de 2024, um avanço de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ambicionando fazer esses números mais vultosos, a Secretaria Municipal de Turismo se juntou à Firjan para criar o Inovatur.

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Por nove meses, cinco projetos de startups, MEIs e pequenas empresas com inventivas ideias para o setor participaram de um programa de aceleração com sessões de mentoria e capacitação para planejamento e estruturação dos negócios. “Foi um apoio valioso, já que pudemos talhar habilidades específicas e ampliar o olhar sobre outras áreas”, avalia Nathalia Gomes, fundadora da Kids2gether, plataforma de turismo focada em famílias com crianças. “Mudei inclusive a forma de divulgar o projeto e já me aliei a parceiros como o Parque Bondinho”, conta.

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A segunda edição do Inovatur deve sair do papel entre março e abril. Logo depois, em maio, mais um megashow internacional promete levar 1 milhão de pessoas às areias de Copacabana. “Além das belezas naturais, temos nichos a explorar, como o turismo de saúde, o esportivo e o de gastronomia”, lista a secretária municipal de Turismo Daniela Maia, exultante por ter na cidade o mais celebrado restaurante do Brasil (o Lasai, do chef Rafa Costa e Silva, ficou em sétimo lugar no último ranking dos 50 melhores da América Latina).

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Uma estimativa da prefeitura em parceria com o Instituto Bazzar, de Cristiana Beltrão, mostra que o impulso ao turismo gastronômico fará a arrecadação de ISS aumentar 50% na próxima década. Atento a esses sacolejos, o Senac RJ estreia, em 2025, um curso inédito de qualificação profissional em recepção e atendimento de café da manhã em hotéis. “A capacitação é ferramenta essencial para inserção de mão de obra no mercado”, defende Sérgio Ribeiro, diretor regional do Senac RJ. Que tantas iniciativas se juntem à paisagem incomparável e façam do Rio um destino que todo o mundo, literalmente, queira conferir.

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