Que “O Havaí seja aqui” que nada. Mais de quarenta anos depois de a letra de Caetano Veloso retratar a praia dos sonhos do “Menino do Rio”, a mais nova referência para a orla carioca passou a ser Miami. Ao menos em Copacabana, em frente ao Othon Palace, onde o protótipo de uma nova cabine de salvamento dos bombeiros, à la S.O.S. Malibu, série televisiva dos anos 90, vem sendo montado. Inspirada nas icônicas torres de salva-vidas projetadas do arquiteto William Lane, o modelo entrará em fase de testes e pode passar a ser utilizado na orla da capital após um período de avaliação. Previsto para ser inaugurado em 15 dias, caso seja aprovada a nova cabina pode ser replicada em outras áreas da orla, como na Praia da Reserva e Praia da Barra, na altura do condomínio Alfabarra.
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Segundo o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro, as novas cabines podem substituir os postos móveis antigos — os postos tradicionais, fixos, são administrados pela Orla Rio. A alternativa melhora a condição do trabalho dos profissionais que atuam nos salvamentos. “Hoje o que temos são os postos físicos, administrados pela Orla Rio, além de alguns postos móveis que foram sendo construídos ao longo dos anos. Pela exposição constante à maresia, chuva e sol, esses postos móveis estão cada vez mais deteriorados, o que prejudica as condições de trabalho dos profissionais que atuam na região. Conversei com o prefeito Eduardo Paes e vimos que o custo de reforma desses postos móveis seria muito superior à substituição por um modelo mais atual e que atendesse melhor às demandas do profissional que trabalha na praia”, disse Monteiro ao Globo.
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O secretário reforçou a importância de uma infraestrutura adequada para o melhor desempenho do salva-vidas. “Além do aspecto visual de um posto reformado e novo na orla, o novo modelo aprimora o desempenho da condição física do profissional que fica ali o dia inteiro. Bombeiros que atuam nessas áreas precisam de um espaço que atenda à demanda de um ambiente para ele se alimentar, ir ao banheiro… Muitas vezes, esses profissionais ficam em plantões de 12 horas e precisam pedir para usar banheiros de hotéis na orla. O projeto amplia o conforto e o desempenho desses profissionais sob condições mais adequadas. Quem ganha com isso é a população do Rio, do estado, os turistas e a cidade”, complementou. Além do novo modelo sendo estudado, o coronel afirma que o prefeito pediu também a revitalização dos postos administrados pelo órgão.