Foram oito meses sem que os frequentadores da Praia do Abricó se encontrassem – por isso a “reabertura” oficial do point, marcada para este sábado (5), vem sendo festejada pela comunidade adepta do naturismo na cidade. “Estávamos sentindo falta do nosso lugar e vamos voltar respeitando todos os protocolos de segurança”, diz Cláudio Haliuc, relações-públicas da Associação Naturista.
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Nos 250 metros da faixa de areia comprimida entre a Prainha e Grumari só entra quem estiver totalmente pelado. Topless já é considerado “muita roupa”, portanto, proibido por lá. A regra vale também para os ambulantes e até para o segurança que tem a missão de coibir gracinhas ou desrespeitos de qualquer ordem na praia que, antes da pandemia, costumava ficar cheia de sexta a domingo. As visitas não são recomendas durante a semana porque sem a presença de representantes da associação, a segurança fica prejudicada.
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Esta sensação de vulnerabilidade é preocupação dos naturistas do Abricó há tempos. Um documento pedindo faixas de sinalização e a instalação de uma guarita de segurança na parte alta da praia, antes da descida (pelas pedras) para a faixa de areia, foi protocolado na prefeitura há mais de quatro anos. Não houve resposta. “Fomos ignorados pelos Marcelo Crivella”, diz Cláudio. É nas pedras que voyeurs costumam se instalar, às vezes munidos de binóculos, para observar a movimentação na praia de nudismo.
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Com a troca de comando na Prefeitura, os naturistas preparam uma nova versão do pedido de parceria. Eles agora vão solicitar o destacamento de pelo menos um agente da Guarda Municipal para monitorar aquela área. Se for para ficar na areia, ok. Ele poderá ficar vestido. “Não podemos impor a nudez para representantes da força de segurança”, analisa Cláudio.